O Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) de Porto de Mós está há cerca de um ano no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para aprovação revelou, em jeito de lamento, o presidente da Câmara, Jorge Vala, na última reunião pública do executivo camarário. O autarca deu o mote para se falar de incêndios e de prevenção quando expressou público «agradecimento aos bombeiros e todas as outras entidades e particulares que colaboraram no combate aos incêndios» que na última semana assolaram vários concelhos dos distritos de Leiria e Santarém, solidarizando-se também com os seus colegas autarcas e com as pessoas mais diretamente atingidas.
A oportunidade foi aproveitada pelo vereador do PS, Rui Marto, que se congratulou por Porto de Mós, «para já, graças a Deus e eventualmente a muito trabalho que tenha sido feito, estar a passar ao lado dos grandes incêndios», mas se mostrou bastante apreensivo por o concelho «não ter PMDFCI aprovado». O vereador queixou-se, ainda, de que em termos de limpeza da floresta «vão-se fazendo as que se querem fazer» e que «para as freguesias do oeste do concelho foi assinado um contrato por ajuste direto com uma entidade que nem será uma empresa mas uma associação, no entanto, aparentemente, estará todo o trabalho por fazer».
Em resposta, Jorge Vala disse que «o PMDFCI foi aprovado, mas de qualquer forma é o próprio Ministério do Ambiente que diz que os Planos são como os PDM, nunca caducam», portanto, neste caso, o Município rege-se por aquele que está em vigor, esclareceu. Quantos às intervenções específicas, estas obedecem «ao que está definido no Plano Municipal de Execução aprovado no Conselho Municipal de Defesa da Floresta e é este documento que tem caráter operacional e serve como instrumento de trabalho tanto para a GNR como para os técnicos municipais».
Relativamente ao contrato estabelecido com a entidade que gere a Zona de Intervenção Florestal do Juncal (ZIF), segundo Jorge Vala, «na data definida houve um problema com um trator da associação e com um recurso humano e então uma semana ou duas depois quando já estava tudo bem, entrámos nos estados “laranja” e “vermelho” e aí já não pôde avançar». Portanto, assegurou o autarca, os trabalhos terão início logo que for possível, confessando que tudo demorou mais tempo que o previsto porque «houve muita dificuldade em encontrar quem o fizesse, inclusive foram contactadas duas empresas que não tinham disponibilidade».
O presidente da Câmara aproveitou, ainda, para informar que as três equipas de sapadores florestais existentes no concelho (Alqueidão da Serra, Serro Ventoso e Porto de Mós) estão, neste momento, a fazer a vigilância das áreas florestais para proteção contra os incêndios, dividindo o concelho entre si.
Foto | Isidro Bento