As Piscinas Municipais de Porto de Mós acabam por ser a infraestrutura com maiores aumentos: em 2016/2017 tinham à volta de 400 utilizadores em regime pago, passando para cerca de 930 em 2022. Juntando os números dos alunos das escolas, as piscinas interiores terminaram o ano passado com 24 400 utilizadores. «Portanto, se por um lado perdemos a nível da oferta dos clubes e do associativismo, por outro recuperámos a nível da oferta individual, mais formativa que competitiva», explica o autarca. Já as piscinas exteriores receberam mais de 20 500 pessoas só nos três meses de verão.
Já «a nível do Pavilhão [Gimnodesportivo de Porto de Mós], os números de utilização mantêm-se mais ou menos idênticos, mas perdemos a nível de formação», diz. De igual modo, «a nível do campo sintético, o número é menor, apareceram os veteranos, mas os escalões de formação foram menos». Eduardo Amaral conclui que se perderam cerca de 20 atletas de 2021 para 2022, mas, de 2018 até agora, perderam-se «muitos mais».
Câmara quer recuperar infraestruturas
Na mesma reunião camarária, o edil traçou as linhas gerais para a estratégia do Município em relação ao Desporto. O executivo quer potenciar o setor, «não só enquanto desporto formativo, mas também enquanto atividade turística e económica, porque grande parte das atividades desportivas trazem mais gente a acompanhar o próprio evento que propriamente a participar», considera. Daí ter elencado algumas medidas: «Dinamizar o associativismo», que está «cada vez mais a perder tanto dirigentes como atletas»; «recuperar instalações, algumas que se apresentam debilitadas, como é o Pavilhão de Porto de Mós, mas também [os edifícios] dos próprios clubes»; a valorização da atividade física sénior e do desporto escolar; e a construção de campos sintéticos em Mira de Aire e na vila sede de concelho, «bem como a pista de atletismo nas Pedreiras, que são estruturas fundamentais para poder dar continuidade ao desenvolvimento desportivo», diz.
Eduardo Amaral terminou a sua intervenção com um desafio às associações: «Nem toda a gente precisa de ter desporto federado, os clubes podem é dar realmente resposta às necessidades da sua população e por isso oferecer um conjunto diversificado de atividades, de mobilidade ou atividade física. O Município quererá ser parceiro também nessa promoção», garantiu.
Revisão | Catarina Correia Martins