À crise sanitária que o mundo está a vivenciar tem-se juntado, nos últimos meses, uma outra: crise económica. Em pleno período pandémico, várias pessoas foram apanhadas desprevenidas com situações de desemprego e já existem sinais evidentes de que muitas não estão a conseguir fazer face às dificuldades, como mostram os números revelados pelo presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, na última reunião camarária, e que falam por si: «Neste momento, estamos a apoiar mil pessoas no concelho, uma parte através do Fundo Europeu de Apoio a Carenciados (FEAC) que aumentou em 50% até final de agosto». Mas, ainda assim, o autarca revela que «mais de 100 famílias» ficaram de fora dessa “almofada” de ajuda. Apesar disso, o Município através do «movimento sócio-caritativo» e a partir do «orçamento da Câmara» conseguiu garantir que essas pessoas recebessem «exatamente o mesmo» das famílias que integram a rede do FEAC. O apoio dado a todas as famílias é agora mais abrangente e possibilita às pessoas fazerem refeições «ditas normais». «Não inclui apenas enlatados, mas sobretudo peixe, carne, congelados, fruta e legumes frescos», esclarece Jorge Vala.
Com a aproximação da época natalícia, o autarca fez ainda questão de anunciar que, pelo segundo ano consecutivo, todas as famílias vão voltar a receber um cabaz de Natal. «Não é uma coisa imensa, mas é algo que simboliza esta época. Já fizemos o ano passado e este ano não podíamos deixar de o fazer», frisa.