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Oficinas de verão mostram como a leitura pode ser “prazerosa”

27 Setembro 2023
Rita Santos Batista

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Rita Santos Batista

27 Set, 2023

Os livros podem ser divertidos e a leitura não tem que ser chata para as crianças. Na Biblioteca de Porto de Mós, a animadora socioeducativa, Marisa Gomes, é a responsável por mudar o chip dos mais novos e por os fazer ver que a leitura pode ser prazerosa. Para isso, a animadora planeia e executa durante o verão oficinas com atividades que estimulam o gosto pelos livros, a compreensão de histórias e ainda existe espaço para atividades manuais com materiais reciclados sobre a temática abordada. A adesão costuma ser sempre muita e este ano não foi exceção, adianta Marisa Gomes: «Estiveram inscritas 71 crianças, com idades entre os 6 e os 10 anos, nas seis oficinas de verão», que começaram na segunda quinzena de julho e terminaram no passado dia 23 de agosto. «Em média participaram 12 crianças por oficina e mais uma vez tivemos mais procura do que aquilo que nós podemos oferecer de vagas, tendo em conta que o espaço é limitado», disse, acrescentando que o «balanço destas oficinas foi muito positivo».

Este tipo de oficinas são promovidas na Biblioteca Municipal não só no verão, mas também nas interrupções letivas, por altura da Páscoa e do Natal. «O que vai alterando são os livros, as temáticas e os trabalhos desenvolvidos no final», de resto o modelo mantém-se porque é um modelo «que funciona bem e existe sempre público interessado», considera a animadora, realçando a última atividade desta edição das oficinas de verão. «Terminámos em grande, com uma atividade de culinária. Fizemos um bolo de caneca e todo o processo é entusiasmante para eles», conta a animadora, que reconhece a excitação das crianças pelas atividades mais práticas, que seguem a temática abordada na história contada em cada oficina, fazendo assim a ligação entre a primeira e a segunda parte. Temas como a poupança, os medos, a gratidão, o verão e a partilha foram abordados por Marisa Gomes, através das histórias que levava e também na parte prática se fizeram objetos relacionados, desde porquinhos mealheiros, caixas com rolos de papel higiénico, porta-chaves decorados, entre outros, sempre com o máximo de materiais reciclados, para que «depois as crianças consigam replicar em casa o que aprenderam, principalmente os mais velhos, que têm já mais autonomia», salienta.

Muitas crianças vêm acompanhadas pelos pais ou por outros familiares, porque também eles gostam de assistir e participar, no entanto, Marisa Gomes reforça que «a ideia é que estas atividades sejam sobretudo para as crianças, de forma a que ganhem alguma autonomia na biblioteca».

A animadora socioeducativa diz aprender também ela com os mais novos e acredita que as atividades que desenvolve na biblioteca permite que passem uma tarde diferente, sendo uma «ocupação saudável dos tempos livres».

Estas atividades são também uma forma de dar vida à Biblioteca, considera a diretora, Margarida Vieira: «O objetivo é trazer à biblioteca público, tornando-a num espaço dinâmico de interação com a comunidade e promovendo a leitura».

Foto | DR

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