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Onda de furtos em Mira de Aire pode estar relacionada “com dificuldades” económicas atuais

25 Janeiro 2024
Jéssica Moás de Sá

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Jéssica Moás de Sá

25 Jan, 2024

Desde início de dezembro já vários estabelecimentos da vila de Mira de Aire foram assaltados, causando um clima «de insegurança» na terra. O presidente da Junta de Freguesia, Alcides Oliveira, fez um retrato a O Portomosense: «Tem sido essencialmente durante a noite e quem pratica estas ações parte vidros, quer de portas, quer de janelas e, pelo conhecimento que tenho, faz pequenos furtos, até agora nada de significativo, mas estraga e leva aquilo que muito bem entende». Tendo em conta o feedback que tem recebido da população, o autarca, diz que «é óbvio» que isto tem trazido algum medo. «O que eu digo sempre quando sei destas situações é que as pessoas devem fazer queixa na GNR, pelo menos para ficar averbado e para que eles, dentro da disponibilidade, possam fazer a investigação que bem entendem», frisa.

Até ao momento, e de acordo com a última reunião que teve com o comandante da GNR do posto de Mira de Aire, ainda não foram identificados quaisquer suspeitos. Foi sim «intensificado o patrulhamento» na vila. O comandante explicou ainda ao presidente que «as queixas que têm chegado ao posto» têm sido «reportadas para a entidade da GNR superior», ultrapassando já a esfera do posto de Mira de Aire. «Vamos aguardar que haja algum tipo de desenvolvimento para que esta situação seja colmatada», espera Alcides Oliveira.

Face ao conteúdo que tem sido furtado, o presidente acredita que este aumento de assaltos possa estar relacionado «com as dificuldades que as pessoas atravessam», num contexto de crise económica. «Um dos últimos furtos que houve foi precisamente comida, foi um furto a um armazém que tinha alguns géneros alimentares enlatados e foi isso que levaram», revelou Alcides Oliveira.

Para o autarca, «não há que ter vergonha» em estar a passar por uma situação de dificuldade e é necessário pedir apoio. «Para as pessoas que eventualmente vivem com dificuldades, a Câmara Municipal tem apoio que lhes pode prestar, quando existem pessoas a passar dificuldades, seja por falta de emprego, seja por outro tipo de situação, a Câmara analisa e não tenho reportes que tenha sido negada qualquer ajuda», sublinha. «Portanto», acrescenta Alcides Oliveira, «quem pratica este tipo de ações, das duas uma, ou não está informado e não se preocupa em informar dos apoios ou tem vergonha de dar a conhecer os problemas que tem», diz. «Não há mesmo que ter vergonha, as pessoas hoje estão bem e amanhã podem não estar, não devem ter vergonha, quando as coisas estão mal, quer a vila, quer o povo português, têm dado provas de solidariedade para acorrer a situações complicadas», reforça, concluindo.

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