A Nossa Serra – A Serra d’Aire
Que bonita está, nesta primavera, toda a extensão da serra. A luxuriante vegetação de plantas rasteiras, os arbustros floridos, as flores campestres espontâneas lançam no ar o perfume único que por ali se respira.
Quem por ali passa e se abeire das belezas naturais do interior dos rochedos, as grutas, fica com vontade de voltar.
Esse voltar pode não ser para por ali viver mas sim para fugir ao “stress” dos grandes centros onde a poluição corrói e destrói lentamente.
Nesta Páscoa as pessoas gostam de regressar às origens e que bem sabe passear por ali. São os folares, únicos no seu fabrico, as farinheiras e as morcelas e aquela sensação do regresso e no bem que sabe ver-se reconhecido como filho da terra onde se nasceu.
No alto da serra, no planalto de Santo António, no lugar do Covão do Sabugueiro avista-se já a Igreja singela da freguesia de S. Bento.
Todos os cabeços circundantes, cobertos de verde me são familiares, cheguei a voltar por ali na solidão quando os meios de comunicação ali não tinham entrado.
Era o contraste da vida que hoje se vive. É o evoluir dos tempos.
Passear por aqueles lugares e estabelecer diálogo com os poucos naturais, traz lições de vida. É experimentar! E que tal agora nesta quadra da Páscoa?