Porto de Mós acolhe Encontro Internacional de Colecionadores de Pacotes de Açúcar

12 Setembro 2024

Luís Vieira Cruz

Um objeto tem tanto valor quanto aquele que lhe quisermos dar, e que o digam as mais de duas centenas de pessoas que passaram este fim de semana ao Pavilhão Gimnodesportivo de Porto de Mós para participar naquele que foi o XX Encontro Internacional de Colecionadores de Pacotes de Açúcar, iniciativa promovida pelo Clube Português  de Colecionadores de Pacotes de Açúcar (CLUPAC) e dinamizada pelo núcleo de periglicófilos local.

Durante três dias, colecionadores de norte a sul e também de países como Espanha, França, Itália, Suíça ou até mesmo Rússia juntaram-se no coração da vila com uma dupla missão que consistia, em primeiro lugar, na mostra dos seus mais distintos inventários, e em segundo na ávida procura pelos pacotes de açúcar ainda em falta para que pudessem ampliar a sua lista de coleções completadas.

A organização não poupou esforços para poder oferecer aos periglicófilos a melhor experiência possível nesta que foi a primeira vinda ao concelho. O Encontro arrancou sexta-feira, dia 6, com um jantar na sede do Fórum Cultural. Ali estiveram reunidos os colecionadores que fizeram questão de chegar a tempo de desfrutar de todo o plano de atividades proposto. Já sábado ficou marcado como o verdadeiro “Dia D”. Bem cedo, os colecionadores organizaram as suas fileiras de pacotes de açúcar, cada um com o seu método, para que tudo estivesse a preceito à hora do início do chamado “período de trocas”. Mas antes, a azáfama dos preparativos deu lugar à atuação da Banda Recreativa Portomosense, assinalando assim uma cerimónia de abertura na qual tomaram da palavra o presidente da Câmara, Jorge Vala, bem como o presidente do CLUPAC, Adolfo Lopo, e o responsável pelo núcleo de Porto de Mós, Edgar Muliano. Para além de colecionadores e alguns visitantes, assistiram a este momento, aproveitado para apresentar outras 10 coleções alusivas ao concelho, vários representantes do poder autárquico local.

Entre bancas e expositores circularam durante todo o dia miúdos e graúdos, provando aos mais leigos que a paixão pelo colecionismo está longe de escolher idades. A’O Portomosense não chegaram opiniões díspares. Todos aqueles com quem falámos mostraram o seu agrado com a escolha da localização, elogiaram o nível de atenção ao detalhe da organização e assumiram o desejo de voltar.

Também ao nosso jornal falou o presidente do Clube, Adolfo Lopo, que justificou a escolha de Porto de Mós com a forte vontade que o núcleo local demonstrou em organizar a XX edição.

Em jeito de balanço, Lopo mostrou-se satisfeito com a adesão de 128 colecionadores e destacou as mais-valias destas iniciativas para o plano municipal: «Tentamos sempre ligar-nos ao movimento associativo e prova disso foi o jantar no primeiro dia, no Fórum Cultural, a atuação da Banda Recreativa Portomosense e o jantar de aniversário do Clube, na Associação Cultural e Recreativa do Chão Pardo». Mas os pontos positivos não ficaram por aqui: «Este evento teve um cariz solidário em benefício das IPSS locais e foi ainda importante a nível turístico-cultural, porque o último dia foi de visita ao concelho. Os colecionadores deixaram praticamente esgotados todos os hotéis do concelho, tendo alguns tido que procurar estadia em concelhos vizinhos», vincou.

Presidente de uma “casa” com 23 anos de história, Lopo garantiu empenho em levar o nome do clube ainda mais alto. Para o ano, o Encontro será em Sever do Vouga, e o seguinte, que marca o quarto de século da coletividade, terá lugar em Campo Maior, vila raiana onde se situa a sede da Delta Cafés, marca que já se associou ao evento.

Foto | Luís Vieira Cruz

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