Porto de Mós perdeu um dos seus ilustres
«Era um Homem de valores, de princípios e de causas. Um amigo do seu amigo. Um homem de cultura, um académico. Um líder, um chefe, um comandante com quem dá gosto trabalhar. Um marinheiro, um fuzileiro, um militar e um combatente.
O Almirante Nuno Gonçalo Vieira Matias era um verdadeiro Patriota e um Grande Português!»
As palavras do Vice-almirante Henrique da Fonseca, presidente do Conselho Supremo da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, proferidas no final da sua longa alocução, aquando da homenagem pública prestada por aquela entidade ao Almirante Nuno Gonçalo Vieira Matias, no ano passado, correspondem na sua extrema singeleza a muitas outras, umas igualmente simples, outras mais rebuscadas, mas todas a conduzir no mesmo sentido, escutadas e lidas durante esta semana e meia que já contamos desde que este ilustre portomosense partiu na sua derradeira viagem.
De facto, foram muitos, os que vieram a público dar o seu testemunho sentido e reconhecido sobre o militar e o homem que depois de uma intensa e longa batalha contra a doença que o atormentava, nos deixou, e de tudo o ouvido e lido se reforçou a minha certeza de que Porto de Mós perdeu um dos seus maiores.
Tive o prazer de falar diversas vezes com o almirante Vieira Matias, muito pelo facto de ser filho do fundador deste jornal, mas não só, e fiz-lhe, em tempos, uma longa entrevista. Sempre que nos reencontrávamos era certo e sabido que entre os tópicos da conversa estariam as suas memórias dos tempos felizes que viveu em Porto de Mós e, naturalmente, do jornal sonhado e desenvolvido pelo seu pai, o saudoso João Matias. A distância física, os eventuais altos cargos desempenhados e uma participação singela na vida da comunidade onde se nasceu, não são sinónimo, à partida, de menor amor a uma terra, e o almirante Vieira Matias foi um bom exemplo disso mesmo. Tal como o atual presidente da Câmara reconheceu na sua nota de pesar, sempre que Vieira Matias foi chamado a ajudar Porto de Mós, como bom militar e cidadão que era, de imediato respondeu “presente”. Fê-lo sem alarde público, de forma discreta mas eficaz. Imbuído do verdadeiro sentido cristão de serviço à comunidade e ao próximo, nunca perdeu tempo em auto-elogios e anúncios públicos do muito que fez pela Pátria que tanto amava e pela qual lutou, nem pela terra que o viu nascer. Disso já se encarregaram e encarregar-se-ão no futuro outros, mas, mesmo assim, dificilmente se vai conseguir conhecer tudo do seu riquíssimo percurso de vida e da sua ação como brilhante militar e cidadão empenhado e de elevado mérito.
Sem dúvida que o país e, por consequência, Porto de Mós ficaram mais pobres com a partida do almirante Nuno Vieira Matias! Até sempre, senhor Almirante!
O Almirante Nuno Gonçalo Vieira Matias era um verdadeiro Patriota e um Grande Português!»
As palavras do Vice-almirante Henrique da Fonseca, presidente do Conselho Supremo da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, proferidas no final da sua longa alocução, aquando da homenagem pública prestada por aquela entidade ao Almirante Nuno Gonçalo Vieira Matias, no ano passado, correspondem na sua extrema singeleza a muitas outras, umas igualmente simples, outras mais rebuscadas, mas todas a conduzir no mesmo sentido, escutadas e lidas durante esta semana e meia que já contamos desde que este ilustre portomosense partiu na sua derradeira viagem.
De facto, foram muitos, os que vieram a público dar o seu testemunho sentido e reconhecido sobre o militar e o homem que depois de uma intensa e longa batalha contra a doença que o atormentava, nos deixou, e de tudo o ouvido e lido se reforçou a minha certeza de que Porto de Mós perdeu um dos seus maiores.
Tive o prazer de falar diversas vezes com o almirante Vieira Matias, muito pelo facto de ser filho do fundador deste jornal, mas não só, e fiz-lhe, em tempos, uma longa entrevista. Sempre que nos reencontrávamos era certo e sabido que entre os tópicos da conversa estariam as suas memórias dos tempos felizes que viveu em Porto de Mós e, naturalmente, do jornal sonhado e desenvolvido pelo seu pai, o saudoso João Matias. A distância física, os eventuais altos cargos desempenhados e uma participação singela na vida da comunidade onde se nasceu, não são sinónimo, à partida, de menor amor a uma terra, e o almirante Vieira Matias foi um bom exemplo disso mesmo. Tal como o atual presidente da Câmara reconheceu na sua nota de pesar, sempre que Vieira Matias foi chamado a ajudar Porto de Mós, como bom militar e cidadão que era, de imediato respondeu “presente”. Fê-lo sem alarde público, de forma discreta mas eficaz. Imbuído do verdadeiro sentido cristão de serviço à comunidade e ao próximo, nunca perdeu tempo em auto-elogios e anúncios públicos do muito que fez pela Pátria que tanto amava e pela qual lutou, nem pela terra que o viu nascer. Disso já se encarregaram e encarregar-se-ão no futuro outros, mas, mesmo assim, dificilmente se vai conseguir conhecer tudo do seu riquíssimo percurso de vida e da sua ação como brilhante militar e cidadão empenhado e de elevado mérito.
Sem dúvida que o país e, por consequência, Porto de Mós ficaram mais pobres com a partida do almirante Nuno Vieira Matias! Até sempre, senhor Almirante!