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Presidentes dos clubes de futebol do concelho analisam a última temporada

11 Junho 2023
Luís Vieira Cruz

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Luís Vieira Cruz

11 Jun, 2023

As cortinas da Divisão de Honra do Distrito de Leiria baixaram no último fim de semana de maio com diferentes sortes para os três emblemas do nosso concelho. Como tal, desafiámos os presidentes do CCDR Alqueidão da Serra (Nuno Carvalho), AD Portomosense (Nuno Moreira da Silva) e UR Mirense (Manuel Balela) para um balanço da campanha 2022/2023.

Nuno Carvalho: “Terceiro lugar adequa-se perfeitamente à nossa realidade”

30 partidas disputadas, 19 vitórias, cinco empates e seis derrotas. Foi com estes “números” que o Centro Cultural e Recreativo do Alqueidão da Serra encerrou a temporada 2022/23 num confortável terceiro lugar na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Leiria.

Desafiado a comentar a época desportiva, o presidente do clube, Nuno Carvalho, assegurou que o desempenho dos seus pupilos e equipa técnica «foi positivo», uma vez que os principais objetivos foram alcançados. «Desde cedo apontámos aos lugares cimeiros da tabela classificativa, lutámos muito pelo segundo lugar e acabámos em terceiro. Este é um lugar que se adequa perfeitamente à nossa realidade.
Além disso, conseguimos o apuramento para a Taça de Portugal e jogámos sempre um futebol bonito», afirmou o responsável, que apontou apenas como aspetos menos positivos a precoce eliminação na Taça do Distrito e a pesada derrota com o campeão Peniche.

Para a próxima época, com novo treinador, Carvalho promete apresentar «a melhor equipa possível» e assume estar já a trabalhar para reforçar o plantel. «Temos alguns atletas apalavrados e espero que não haja muitas saídas, mas se houver estaremos preparados para encontrar alternativas», apontou.

Nuno Moreira da Silva: “Estivemos um pouco abaixo das expectativas”

Lutar pelo pódio do campeonato e atingir a final da Taça do Distrito eram os grandes objetivos da Associação Desportiva Portomosense (ADP), mas vários foram os percalços durante a época que ditaram uma performance «um pouco abaixo das expectativas», assinalou o presidente Nuno Moreira da Silva. A falta de estabilidade nalguns momentos, as lesões, as trocas no comando técnico e as perdas de pontos com os emblemas que se quedaram pelo fim da tabela foram alguns dos fatores elencados pelo dirigente para justificar esta campanha menos conseguida.

Questionado acerca da mudança de treinador, Moreira da Silva negou assumir-se como um «fã de chicotadas» e afirmou que a decisão «foi tomada a muito custo para todas as partes envolvidas», tendo-se justificado com a necessidade de «mudar de rumo». Sobre o desempenho do técnico Carlos Ribeiro, cuja saída foi anunciada no final da época, o presidente disse ter-se tratado de «uma boa solução», embora não tenha sido possível atingir mais que um quinto lugar.

Por motivos pessoais, explicou Moreira da Silva, Ribeiro comunicou a decisão de deixar a ADP. Também no plantel são esperadas mudanças, mas da Silva sabe que «não se pode construir uma equipa de novo todos os anos».

Manuel Balela: “Falou-se em desistir do futebol, mas preferimos descer com honra”

Ao contrário dos seus vizinhos, a União Recreativa Mirense teve uma época muito mais complicada e acabou por descer de divisão, um peso que Manuel Balela, que preside este coletivo desde janeiro, assume na totalidade: «É minha. A culpa desta descida é da minha responsabilidade. Sabíamos que a época ia ser complicada porque perdemos muitos atletas e no início do ano falou-se em desistir do futebol, mas nós preferimos lutar e descer com honra», vincou.

Abalado com o desfecho deste clube com mais de oito décadas de história, Balela assumiu que a grande meta para esta edição da Liga de Honra era arranjar atletas para competir. Hoje, o presidente diz sentir-se «aliviado por todos os intervenientes terem sido fiéis aos princípios do Mirense» e por «terem finalizado a época com toda a dignidade».

«Há alguns anos que o Mirense está na corda bamba para não descer. É preciso reestruturar o clube para um dia voltarmos a esta divisão», contou, não sem antes ressalvar que esta era a única equipa a competir na “Honra” que não dispunha de camadas jovens, algo que considera «imprescindível para um futuro sustentável de um plantel sénior».

À semelhança de Alqueidão e Portomosense, também o Mirense ficou sem treinador. O timoneiro escolhido para comandar o conjunto de Mira de Aire foi Hélio Santos, que este ano levou a Caranguejeira à terceira posição da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Leiria.

Foto | Luís Vieira Cruz

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