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Proposta de Plano de Cogestão prevê 76 milhões para promoção e valorização do PNSAC

23 Janeiro 2024
Isidro Bento

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Isidro Bento

23 Jan, 2024

A Central das Artes acolheu na passada quarta-feira a apresentação concelhia da Proposta de Plano de Cogestão do PNSAC e Monumento Natural das Pegadas dos Dinossáurios Ourém-Torres Novas, que está em fase de consulta pública até ao próximo dia 22 de janeiro. A iniciativa teve lugar já depois do fecho da edição 1014, que chegou às bancas no dia 18 de janeiro.

O Plano de Cogestão do PNSAC e Monumento Natural das Pegadas dos Dinossáurios Ourém-Torres Novas pretende ser um elemento estratégico de apoio à gestão desta área protegida para o período 2024-2027. Visa apoiar «a criação de uma dinâmica partilhada de valorização do PNSAC tendo por base a sua sustentabilidade nas dimensões política, social, económica, ecológica, territorial e cultural», que passa pela dinamização de um projeto orçado em 76 milhões de euros a envolver sete municípios, 27 freguesias, duas direções regionais de Agricultura, quatro grupos de ação local e duas regiões de turismo.

Tendo por base uma análise (SWOT) às forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do PNSAC e do Monumento Natural das Pegadas dos Dinossáurios Ourém-Torres Novas (MNPD OTN) foram definidos três grandes objetivos estratégicos que ganham forma em outros tantos eixos de atuação.

O primeiro eixo assenta na certeza de que é «necessário promover a preservação do património, a estruturação e a reabilitação estrutural, a valorização dos produtos locais e do turismo sustentável, garantindo a promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo do território, estimulando a preservação e inovação das práticas ligadas às comunidades, garantindo que estas mantenham as suas atividades e dinâmicas económicas, reforçando as suas competências e estimulando a capacidade de empreender e inovar, a par com a proteção dos valores naturais da região».

O segundo é relativo à comunicação e sensibilização e é explicado, em parte, pelo facto da criação desta área protegida «ter levado, obrigatoriamente, à aprovação de ferramentas de gestão do território que impõem regras mais restritas que as existentes na área circundante ao PNSAC» e, em consequência disso, «uma possível falta de comunicação e de entendimento da população local nesta matéria» ter levado «à existência de situações pontuais de atrito/conflito com a gestão da área protegida. Nesse sentido, entende-se ser essencial criar uma estratégia de promoção do PNSAC e MNPD OTN, com especial enfoque na aproximação às comunidades locais».

Por outro lado, tendo em conta que «o turismo de natureza continua em grande expansão, principalmente na vertente do turismo de experiências», e que no caso do PNSAC «não existe uma oferta devidamente organizada das infraestruturas e dos recursos existentes que deem resposta a essa crescente procura», entende-se também como fundamental «apostar numa campanha de promoção territorial e de comunicação, devidamente alinhada entre todos os parceiros, para que seja disponibilizada informação segura, clara, ordenada e de qualidade, quer à comunidade que habita o território, quer ao turista que o visita. Importa também criar formas de monitorização da ocupação do território, permitindo detalhar a frequência de acesso aos espaços e as tendências que possam existir na sua visita, de modo a gerir/planear de forma eficaz e sustentável o setor do turismo no PNSAC, salvaguardando os valores naturais da região e até os interesses das próprias comunidades locais».

O terceiro e último eixo estratégico passa pela valorização e proteção do património natural do PNSAC: «Para que isso seja possível, é necessário promover o estudo e a avaliação constante dos valores naturais presentes, e da sua evolução, não só pela academia, como também recorrendo a projetos que envolvam os cidadãos, na participação informada, consciente e voluntária, que gera e analisa dados, que partilha o seu conhecimento e discute e apresenta resultados, sendo parte do processo. O conhecimento gerado, permitirá definir linhas de atuação e ações específicas, dinâmicas e devidamente adequadas à preservação e salvaguarda deste património», pode ler-se no Plano de Cogestão.

Foto | Isidro Bento 

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