Luís Vieira Cruz

Quanto custa salvar uma vida?

23 Mai 2024

«A diferença entre a vida e a morte pode muitas vezes estar num mero segundo»

O conceito de valor pode ser-nos muito lato, exceto quando falamos do bem mais precioso que temos: a vida. Seria, portanto, de esperar que todos estivéssemos formatados tanto para preservar a nossa, como para acudir os outros nos momentos de maior aflição.

Ora, se por um lado somos “empurrados” pelo instinto para proteger o que é nosso, porque emperramos tanto na hora de prestar auxílio?

Foi precisamente a partir destes pontos de interrogação que surgiu um projeto de formação destinado aos alunos da Escola Secundária de Mira de Aire. Os detalhes poderão ser encontrados neste artigo dedicado pel’O Portomosense, pelo que me centro apenas na ideologia por detrás. Jovens com 14, 15, 16 anos… Muitos deles já com conhecimentos em primeiros socorros e Suporte Básico de Vida.

Com os bombeiros locais, têm passado horas a aprender e a praticar algo que arriscaria dizer ser de utilidade pública, até porque nunca sabemos se ou quando vamos ter que agir.

Diz-se na gíria popular que “é melhor fazer algo do que não fazer nada”, um dito que também não está propriamente correto. Por isso mesmo estes adolescentes ou jovens adultos estão a aprender o que fazer para ajudar o próximo, como fazê-lo e como contornar o instinto que por vezes nos faz “fugir” em vez de “lutar”. Convém não esquecer que a diferença entre a vida e a morte pode muitas vezes estar num mero segundo.

Iniciativas destas serão sempre vistas com bons olhos, pelo que é de salutar que tanto alunos como docentes e soldados da paz tenham dado as mãos em prol de um bem maior.

Bem hajam.