O pavilhão de São Silvestre, em Serro Ventoso, acolheu nos dias 25, 26 e 27 de novembro, a I Exposição de Aves Exóticas. Esta foi a terceira vez que largas centenas de aves exóticas “voaram” até Serro Ventoso, mas o que até até agora era uma mostra, este ano tornou-se numa exposição. A diferença, segundo Paulo Germano, presidente do conselho diretivo da secção ornitológica do 3 Cês Cadaval Clube, a entidade organizadora, é que «enquanto nas duas anteriores teve lugar, apenas, uma exposição de aves, este ano houve concurso. As aves foram avaliadas por juízes da Federação Portuguesa de Ornitologia, que escolheram a melhor de cada secção e as três melhores em cada classe».
Na edição deste ano, participaram 27 criadores com um total de 420 pássaros. Paulo Germano explica que o número é relativamente pequeno quando comparado com outras exposições, facto que atribui à proximidade da data do campeonato nacional. «Noutra altura do ano, teríamos sempre 30 a 40 participantes e uns 800 ou 900 pássaros mas agora alguns criadores preferem guardá-los para o nacional. Se as datas não fossem tão juntas isto era uma exposição para ter 1 200 pássaros», justifica.
Números à parte, o responsável mostra-se bastante satisfeito com a forma como decorreu a exposição, organizada a convite e com o apoio da Junta de Freguesia de Serro Ventoso. «Estiveram aqui muito boas aves e todos os premiados são pássaros de topo, vão a um nacional, a um internacional ou mundial e conseguem ganhar pontos», refere, adiantando que para esta exposição decidiu colocar a fasquia alta e, tal como acontece numa prova internacional, para uma ave poder ser premiada teve de obter, no mínimo, 90 pontos (num total de 100).
O Portomosense falou também com o presidente da Junta local, Carlos Cordeiro, que se congratulou por, mais uma vez, a sua freguesia estar a receber «uma iniciativa que traz tanta gente de fora» e à qual as pessoas do concelho também disseram “presente”. «Além de termos tido um número considerável de visitantes, uma das coisas que me surpreendeu foi a quantidade de criadores que há no concelho. Confesso que desconhecia», disse.
Para Carlos Cordeiro estas exposições, pela componente de concurso associada, são um bom estímulo para os criadores: «A competição, seja em que área for, e desde que decorra de forma leal, é sempre positiva e aqui não é exceção», refere, não escondendo a satisfação por ter na freguesia «um criador que, tanto em Portugal como no estrangeiro, quando participa, traz prémios». «O Fernando Vieira e as suas aves deixam-nos muito orgulhosos e a Junta, consciente de que a atividade implica um investimento já avultado, está a apoiar o criador com a atribuição de um subsídio para aquisição de ração», adianta.
Atento à conversa, Paulo Germano confirma: «Porto de Mós tem, de facto, já um número considerável de criadores e os papagaios de Fernando Vieira estão, sem dúvida, entre os melhores do mundo, aliás, ele já foi campeão do mundo várias vezes. Com outras espécies, Koen Liefferinge, de São Bento, também já teve prémios internacionais de relevo».
Foto | Isidro Bento