Quem por estes dias passar junto ao largo da sede do Rancho Folclórico da Sociedade Recreativa da Cabeça Veada, na antiga escola primária da Cabeça Veada, dificilmente ficará indiferente ao painel de azulejos que agora aí se encontra instalado. A obra alusiva aos 35 anos de existência da coletividade foi inaugurada a 25 de julho, precisamente no dia de aniversário. Na cerimónia estiveram presentes vários responsáveis autárquicos concelhios e de freguesia, entre outros convidados.
Jaime Cordeiro, tesoureiro, foi o principal mentor da ideia original que, inicialmente era para ter sido uma pintura idêntica ao mural de homenagem a Amália Rodrigues na Praça Arménio Marques, na vila de Porto de Mós. «Eu e o presidente do rancho, Manuel Nazaré, falámos com o presidente da Junta e ele disse-nos que ficava melhor um painel em azulejo e nós perguntámos se a Junta comparticipava porque um painel em azulejo ficava muito mais caro, ainda por cima com aquela dimensão», conta. O pedido foi prontamente aceite e a obra acabou por ser comparticipada pelo Município de Porto de Mós e pela União de Freguesias de Arrimal e Mendiga. «É uma solução mais duradoura. Aquilo é uma obra que fica para toda a vida, se não a destruírem», admite. Jaime Cordeiro não podia estar mais satisfeito com o resultado final: «Ficou bastante bonito, está um trabalho magnífico. À noite, iluminado, então, tem um efeito espetacular. As pessoas estão muito satisfeitas».
Foram necessárias «entre duas a três semanas» para que Alcino Vala, a pessoa responsável pela sua elaboração, conseguisse concluir o painel de azulejos, onde estão representados vários elementos pertencentes ao Rancho Folclórico, como descreve Jaime Cordeiro: «Está o presidente, Manuel Nazaré, ao lado está a cantadeira, a dona Cremilde, a tocar acordeão está o nosso acordeonista, o senhor Bonifácio, a tocar bandolim está o senhor Pedro, que está connosco há bastante tempo. Está ainda um par a dançar e um senhor a tocar pífaro. Por fim, estão três crianças que representam os três pastorinhos». Foi ainda necessária uma semana para que o painel fosse colocado no local onde hoje se encontra.
O dia de celebração dos 35 anos da coletividade não se cingiu apenas à inauguração do painel de azulejos, tendo sido, ainda, sinónimo de alguns reencontros. Após a inauguração propriamente dita foi realizado um lanche-convívio na sede do Rancho em que participaram «entre 30 a 40 pessoas» e onde, garante, foram cumpridas todas as regras emanadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS). «Tínhamos quatro pessoas por mesa, as pessoas estavam bastante afastadas. A comida estava toda na mesa e, assim, as pessoas não precisavam de se levantar nem de se cruzar umas com as outras. Estava tudo bem organizado», sublinha o tesoureiro.