Lara Branco é a nova presidente do Rancho Folclórico da Sociedade Recreativa da Cabeça Veada. Empossada no início de janeiro, Lara Branco sucede, assim, a Manuel Valinho, que esteve vários anos no cargo.
«O nosso rancho, como muito outro, estava a passar por uma fase em que tem pouca gente, cada um tem as suas coisas para fazer e o rancho acaba por ficar para segundo ou terceiro plano», começa por explicar a nova presidente. Foi na sequência dessa situação, diz, que um grupo de pessoas – «que andam naquilo [no rancho] há algum tempo, que gostam daquilo» – decidiu juntar-se para se “chegar à frente”. «O rancho estava numa fase em que poderia até terminar e nós achámos que podíamos trazer uma lufada de ar fresco. Era uma pena que um rancho a caminho dos 40 anos terminasse», afirma. Depois de salientar o «bom trabalho» feito pelo anterior presidente, Lara Branco ressalva que, «às vezes, é preciso mudanças»: «Achámos que podíamos pegar nisto de uma nova maneira, em que íamos tentar trazer mais gente e tentar fazer com que haja mais gente. O nosso rancho tem muita gente nova, muita juventude, queremos mantê-la e queremos também tentar fazer com que pessoas que já passaram pelo rancho, mais velhas, queiram voltar, porque é muito importante a juventude, mas é muito importante também que haja maturidade e conhecimento. A junção das duas faixas etárias combina muito bem», frisa. Lara Branco diz que o grupo tem «ideias novas» e entre os projetos está o objetivo de levar o rancho «fora de Portugal continental», algo que já não acontece «há algum tempo».
O grupo tem, atualmente, entre 30 a 35 pessoas e terá a sua primeira atuação no Festival de Folclore da Lagoa Grande, em junho. Como a primeira demonstração em público está ainda longe, o grupo tem feito, na sede da coletividade, um ensaio semanal, «ao sábado à noite ou ao domingo à tarde», que vai sendo divulgado na página de Facebook do rancho. Lara Branco convida quem goste «de cantar, dançar ou tocar algum instrumento» a juntar-se ao grupo e pede o apoio de todas as pessoas, «não só da Cabeça Veada, mas de outras terras também, porque o rancho tem gente de muitos sítios».
