Recreio Feliz – assim se chama o projeto vencedor do Programa Bairro Feliz, promovido pelo Pingo Doce. «Atualmente, o Centro Escolar de Pedreiras não possui equipamento infantil adequado ao número de crianças. Temos cerca de 170. Como tal, procuramos a melhoria do recreio em espaço escolar para que as nossas crianças brinquem e se sintam felizes», assim se podia ler na explicação do projeto, contida tanto na página da cadeia de supermercados, como nas caixas que existiam no Pingo Doce de São Jorge, para que os clientes pudessem votar no seu projeto preferido.
A O Portomosense, a porta-voz do Grupo de Vizinhos que fez a candidatura, Carina Gomes, detalhou como surgiu a ideia. «No ano letivo passado dei as AEC (Atividades de Enriquecimento Curricular) na escola das Pedreiras e o meu filho foi para lá para a pré-escola também e, por isso, comecei a pertencer ao grupo informal de pais, porque não existe nenhuma associação ou comissão, e enquanto professora ouvia muitas vezes os alunos a dizer que não tinham nada para brincar, porque de facto só existe lá um campo de futebol e um cubo», conta.
Existia um espaço grande onde se «podia realmente equipar com mais atividades lúdicas», concordava Carina Gomes. «Conhecia o Programa Bairro Feliz e realmente começámos a pensar “porque não candidatar?”, juntei-me a mais algumas colegas e assim foi, fizemos a candidatura com o objetivo de angariar dinheiro para equipar o recreio», acrescenta.
O dinheiro que agora virá (999,90 euros) servirá para comprar ou um baloiço ou um escorrega, decisão ainda a ponderar entre os pais. «A maioria das escolas do concelho têm e realmente acho que faz todo o sentido termos ali, porque há crianças até aos 9/10 anos que ainda são crianças, ainda gostam de brincar e ir aos parques infantis», reforça.
Apesar do valor que vão receber do Pingo Doce parecer significativo, Carina Gomes assume que ainda assim não chega para este equipamento. «Temos que dar na candidatura um orçamento feito pela pessoa a quem vamos adquirir o equipamento e o valor excede o recebido, estes equipamentos são mesmo muito caros, não tinha ideia, dada as normas de segurança e tudo mais», refere.
A mãe e professora confessa que acreditava que este projeto tinha potencial para vencer. «Temos 164 crianças, logo são 164 famílias, claro que ponderei sempre os adversários que são sempre muito fortes, mas tendo em conta a boa divulgação que tentámos fazer junto dos pais e famílias, acreditávamos no nosso potencial para vencer», salienta.
Recorde-se que este projeto concorria com o projeto da Banda Recreativa Portomosense Ensino da Música para Miúdos e Graúdos, que pretendia «adquirir alguns instrumentos para a Escola de Música para criar melhores condições para os alunos». «São maioritariamente crianças e jovens com muita vontade de aprender e nem todos têm possibilidade de adquirir o seu próprio instrumento», dizia a proposta.