A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) vai adjudicar a concessão do serviço de transporte rodoviário de passageiros a uma empresa portuguesa do grupo Rodoviária do Tejo S.A., de acordo com um comunicado enviado às redações. O objetivo é «assegurar um sistema de transportes públicos adequado às necessidades de transporte das populações», onde se inclui o serviço de transporte público regular de passageiros de âmbito municipal, intermunicipal e inter-regional, «assim como alguns serviços de transporte escolar especializado, novos serviços de proximidade e a prestação de serviços de transporte ocasional de passageiros em autocarro», referem os autarcas.
Na mesma nota, adianta-se que o contrato terá a validade de quatro anos e os custos da operação serão superiores a 25 milhões de euros, com as autarquias a investir no imediato 1,2 milhões de euros «para modernização do serviço e melhorar a eficiência ambiental do transporte público».
Esta concessão resulta de um concurso público internacional, processo iniciado em 2019, e vai servir os 10 municípios que integram a CIMRL, nomeadamente Porto de Mós, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal, Pedrógão Grande, Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.
Centro logístico é prioridade
Os autarcas referem também o papel da ferrovia enquanto «um dos modos de transporte mais seguros, mais sustentáveis e mais eficientes do ponto de vista energético, razão pela qual deve desempenhar um papel importante no futuro sistema de mobilidade nacional», mas também «para a realização do objetivo da competitividade das empresas e aumento das exportações». Daí que tenham remetido ao ministro das Infraestruturas, João Galamba, um conjunto de prioridades que definiram em reunião, na passada terça-feira, dia 28 de fevereiro, no âmbito da consulta pública do Plano Ferroviário Nacional (PFN), onde destacam a construção da «plataforma logística da Região de Leiria/rede de terminal logístico, em Pombal, como projeto estruturante para a dinamização do transporte de mercadorias da região». O objetivo é articular esta nova infraestrutura com o porto da Figueira da Foz, via rede rodoviária nacional (A17) ou via rede ferroviária nacional (Linha do Oeste). De acordo com o comunicado, esta plataforma irá «contribuir para a descida dos custos do processo logístico», principalmente para as pequenas e médias empresas. O projeto apresentado pela CIMRL, a ser executado até 2030, prevê um investimento de 50 a 60 milhões de euros, de fundos públicos e privados.
No que toca ao transporte de passageiros, a CIMRL defende ainda a concretização da nova Linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa; a modernização da linha do Oeste; a valorização das estações da Marinha Grande, Leiria e Pombal; a criação de um serviço Intercidades Lisboa – Leiria – Figueira da Foz; e a ligação da Linha do Norte à Linha do Oeste, «que terá um conjunto de repercussões significativas na geração de tráfego a norte e sul da região de Leiria», referem os autarcas.
