O grupo de teatro Teatr’ambu da Associação Serviço e Socorro Voluntário de São Jorge voltou a dinamizar, entre os dias 5 e 7 de novembro, mais um Fim de Semana Cultural de Teatro. Após um ano de paragem por causa das condicionantes provocadas pela COVID-19, Susete Calado, um dos elementos do Teatr’ambu, reconhece que este foi um regresso «bastante emotivo»: «Esta foi a primeira atividade que a associação teve pós-pandemia e logo aí houve um misto de emoções. Foi bastante importante para nós, como associação e como grupo de teatro». Além da ansiedade dos atores por voltarem a poder pisar um palco também a vontade de regressar à normalidade ficou expressa pelo público: «Notámos que as pessoas estavam desejosas por um bocadinho de cultura e de se juntarem novamente», considera.
Se até aqui só participavam grupos de teatro que costumam apresentar espetáculos no Festival Teatro de Rua, a terceira edição do evento trouxe uma novidade, a vinda de um grupo de fora do concelho, que atuou logo na estreia, sexta-feira, dia 5. O TASE – Teatro de Animação de Santa Eufémia trouxe a São Jorge a peça Vamos a tempo, avô?. «Falou-se sobre reciclar e a importância de preservar o meio-ambiente. Achamos que é um tema bastante importante, sobretudo para alertar as pessoas», explica. Esta ligação proporcionou uma espécie de intercâmbio e em janeiro de 2022 será a vez do grupo de teatro Teatr’ambu da ASSV de São Jorge ir atuar a Santa Eufémia. «Foi algo especial para nós porque é um grupo diferente. As pessoas gostaram muito», aponta Susana Calado.
No sábado foi a vez de Um Par de 5, o grupo de teatro de Mira de Aire, subir a palco com E Agora?, um espetáculo sobre a Batalha de Aljubarrota (tema deste ano do Teatro de Rua). À semelhança da peça do TASE também esta contou com a encenação de Inês Valinho.
No último dia do evento, domingo, foi a vez do grupo da “casa”, Teatr’ambu, atuar perante uma casa «mais que cheia». A peça Os Esponsais já tinha sido também apresentada no Festival Teatro de Rua mas nem assim o público quis perder a oportunidade de mostrar o seu apoio ao grupo de teatro de São Jorge. «Correu muito bem, as pessoas aderiram muito. Tivemos cerca de 150 pessoas. Ficámos mesmo muito satisfeitos e orgulhosos pelo facto de ser o primeiro evento pós-pandemia», conclui.