A União Recreativa Mirense esperava já ter o seu novo piso preparado, mas acabou “traída” pelo clima. Com a substituição do antigo relvado para um novo sintético praticamente concluída, resta apenas um par de detalhes, mas um par de detalhes que são cruciais: a borracha e as balizas. Para o presidente do clube, Manuel Balela, esta empreitada está «presa por apenas dois dias de trabalho», mas as chuvas não têm permitido que as equipas terminem a obra. Contudo, «reza-se» para que possam jogar em casa com o Marinhense B, na jornada 5.
Para o responsável, esta evolução deve-se a múltiplos motivos, nomeadamente o facto de o antigo relvado já ter, no mínimo, 33 anos, o que faz com que não estivesse «nas melhores condições», estando já muito debilitado e apresentando «uma percentagem de relva muito reduzida». Outro dos motivos prendia-se com as estações do ano. Durante o inverno, alguns dos treinos realizavam-se em «condições muito débeis» e outros eram cancelados. Por fim, e não menos importante, a componente da formação «não existia».
Quando Manuel Balela entrou no clube, na época 2019-2020, tornou-se no principal responsável pela substituição do campo. Com o acréscimo de funções, este departamento passou a ser gerido por outra pessoa, mas, «agora mais para o fim», Manuel teve que assumir «outra vez o processo». Apesar da «requalificação do espaço envolvente ao campo» ainda não estar concluído, esta substituição custa acima de 200 mil euros.
O início desta requalificação remonta ao mês de julho, altura em que se iniciaram as obras. Durante o mês de agosto, existiram «alguns atrasos por parte do empreiteiro». Quanto à questão de «retirar o relvado antigo» e de «estabilizar a base», o tempo em que estava previsto terminar não foi cumprido, estando esse término agendado para a semana dos dias 2 e 8 de outubro. Com o término desta etapa, «iniciou-se o processo de colocação do tapete», algo que estava a correr «dentro da normalidade». Como não conseguiram terminar os trabalhos entre os dias 9 a 15 de outubro, esperavam terminar na semana seguinte, mas a chuva acabou por estragar estes planos.
“Para nós, a formação é o mais importante”
Questionado sobre os argumentos para atacar a subida à Divisão de Honra com este novo sintético, o presidente reafirma que este é um dos objetivos para cumprir esta época, «mas o principal foco desta troca é mais virado para a formação». O número de atletas, assim como o número de equipas, foi duplicado num espaço de dois meses, algo que é «muito importante para o clube».
Manuel Balela considera importante a existência deste relvado, pois não existia «mais nenhum espaço» onde se pudesse trabalhar a formação em Mira de Aire. Apesar de começarem a trabalhar num espaço mais pequeno junto ao relvado principal, acabavam por ir parar ao pavilhão de futsal, o que fazia com que perdessem atletas da formação todos os anos porque, segundo o presidente, «eles não queriam jogar futsal, queriam jogar futebol», o que fez com que a criação deste espaço se tornasse a solução para estas perdas.
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