A luta dos professores não é de agora, mas tem vindo a intensificar-se nas últimas semanas, sendo impossível fugir do olhar e do conhecimento de todos. Porto de Mós não é exceção, também aqui os docentes se têm manifestado. O Portomosense quis saber a sua opinião sobre o tema e estes são os resultados da sondagem que esteve em vigor entre os dias 20 e 27 de janeiro.
As observações dos inquiridos
A grande maioria das pessoas concorda com a greve dos professores. Entre os que discordam, salientamos dois comentários feitos na sondagem d’O Portomosense: «Por alguma razão há sindicatos que deviam fazer o papel deles. A greve não garante direitos a ninguém e retira direitos a outros»; «A forma como a greve está a ser feita é exagerada e ultrapassa os limites do bom senso!». Há quem reconheça que «infelizmente, não há outro meio de pressionar o Governo senão com greves que impactem a sociedade». «Não pode haver um ensino de qualidade sem que haja as condições ideais do corpo docente. Carreiras congeladas, precariedade, falta de condições e investimento na Educação, pessoas deslocadas, corpo docente envelhecido» são alguns dos pontos apontados. Houve quem referisse que, «para um professor desempenhar a sua profissão com a dedicação que a tarefa exige, não pode estar preocupado com os documentos (muitas das vezes sem utilidade prática para a docência) que tem de preencher até ao dia X»; «com o bem-estar da sua família (quando está a centenas de quilómetros de casa)»; «com o sucesso dos alunos mesmo quando isso é originado pelos programas desajustados para o nível etário dos alunos»; «com falta de recursos humanos e pedagógicos na escola». Outro dos inquiridos defende que a greve é um direito mas que de «nada serve» se «os governantes não estiverem dispostos a ouvir».
Foto | Jéssica Silva
