Realizou-se no passado dia 19 de junho, no Espaço Jovem, em Porto de Mós a cerimónia de reconhecimento dos melhores alunos e melhores companheiros do ano letivo 2019/2020.
A iniciativa promovida pelo Rotary Club de Porto de Mós distinguiu este ano, sete alunos das escolas secundárias de Porto de Mós e Mira de Aire, bem como do Instituto Educativo do Juncal.
Assim, da Secundária de Porto de Mós foi distinguida como a melhor aluna (aquela que teve a maior média da escola) Joana Correia Gomes. A melhor aluna da Secundária de Mira de Aire foi Maria Pedro Jorge e do Instituto Educativo do Juncal, Cláudia Caetano da Silva.
Antes dos alunos receberem das mãos da presidente do Rotary e do presidente da Câmara um diploma e um prémio monetário (oferta do clube rotário), coube ao diretor do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós e a professores do Instituto Educativo do Juncal, fazer a apresentação pública de cada aluno, sublinhando o seu percurso escolar de excelência. Além dos resultados em termos de notas, foram realçadas, entre outras, a capacidade de trabalho, o empenho, o gosto por aprender sempre mais, que são, no fundo, comuns a estes alunos de sucesso.
Mas porque nem só as notas elevadas contam, mandam os valores do movimento rotário que seja distinguido também, em cada ano, e em cada escola o “melhor companheiro”. Entende-se por “melhor companheiro” aquele que se destaca por ser o mais solidário, cooperante, altruísta e mais correto com os colegas, professores e comunidade. Neste caso, o premiado é proposto e eleito pelos seus colegas.
Na Escola Secundária de Porto de Mós, a escolhida como melhor companheira foi Maria Gonzalez Fortunato. Já em Mira de Aire aconteceu uma situação rara: houve um empate entre dois alunos. Assim, naquela escola foram eleitos pelos seus pares, Guilherme Martinho Luzio e Sofia Amaro. No Instituto Educativo do Juncal, o melhor companheiro foi Patricio Viana Azevedo.
“Mais educação, maior sucesso do país”
No início da cerimónia que arrancou ao som do Grupo de Cavaquinhos da Universidade Sénior do Rotary Club de Porto de Mós, Olga Silvestre, a diretora de protocolo do Rotary sublinhou que «a educação é um pilar de qualquer sociedade desenvolvida e que quanto mais e melhor educação existir, maior será o sucesso do país».
Assim, com esta convicção, os rotários procuram promover e desenvolver aquele que, na sua perspetiva, é «o projeto primordial para qualquer sociedade: a educação sustentada na competência, na amizade, na solidariedade e no companheirismo» e daí a existência destes prémios que distinguem os melhores em termos escolares mas também os que se destacam pelos valores que põem em prática, nomeadamente, no relacionamento com colegas, professores, funcionários das escolas que frequentam.
«O Rotary Club de Porto de Mós tem feito um caminho não apenas de apoio aos mais carenciados, não apenas de apoio social mas sobretudo de reconhecimento do mérito e este tem sido também o nosso propósito ao longo deste mandato no que diz respeito aos mais jovens. Reconhecendo os melhores estamos também a estimular a que outros, gradualmente, possam também vir a ser melhores e isso é muito importante», disse o presidente da Câmara, Jorge Vala, no início desta cerimónia.
“Rotary é merecedor de reconhecimento”
De acordo com o autarca, o próprio Rotary Club de Porto de Mós é merecedor de público «reconhecimento pelo trabalho que desenvolve» e o Município «está-lhe muito grato» pelos projetos em que são parceiros. «Uma das coisas que me dá muito gosto é poder ter de novo [depois de uma interrupção por causa da pandemia] a Universidade Sénior e o grupo de cavaquinhos a funcionar. Recordo que a maioria destas pessoas têm aqui, nestes dois projetos e espaços, o seu momento de socialização que a COVID-19 em muito condicionou» frisou. Jorge Vala aproveitou a oportunidade para anunciar que a Universidade Sénior e o seu grupo de cavaquinhos passam a ter a sala onde decorreu esta sessão como espaço de trabalho e de ensaio «para poderem continuar o magnífico trabalho que tem sido feito, tirando pessoas da solidão e tornando-as felizes».
Por último, interveio a presidente do Rotary, Clarisse Louro, que, na mesma linha de pensamento de Olga Silvestre, explicou que além de homenagear os bons alunos e bons companheiros, o clube homenageava, «ao mesmo tempo, famílias, escolas, uma comunidade, um país», entendendo que num mundo cada vez mais desigual, homenagear pessoas é enriquecer o nosso capital humano, o mais importante da nossa sociedade. É enriquecer-nos como pessoas pelos nossos valores de altruísmo e de solidariedade para fazer o bem, no caso do melhor companheiro, e de atingirmos a excelência do nosso trabalho, no caso do melhor aluno».
«Estamos num tempo a que a cada um de nós é exigido o melhor, empenho, esforço, dedicação, amor ao outro, respeito por nós próprios e por todos, tal como o veio demonstrar a pandemia», acrescentou.
“A educação é uma arma das mais poderosas”
Dirigindo-se aos estudantes homenageados e suas famílias recordou que «um dos sonhos mais importantes da democracia é a educação para todos» e que «a educação é uma arma e uma das mais poderosas» mas que, «como todas as armas, tem de ser bem fabricada e depois tudo depende do que fizermos com ela». Assim, «para participarmos na construção de um mundo melhor para todos, a educação continua a ser uma arma cujo alcance ultrapassa a contingência do individual, de mim própria, do presente», disse.
No final desta verdadeira aula em forma de discurso, a, também, docente do ensino superior, deixou um último ensinamento aos jovens premiados: «Que aquilo que aprenderem vos sirva tanto mais quanto mais servir a todos. Quando aprendemos, quando somos educados, aquilo que aprendemos é para todos, para toda a comunidade, não pode ser só para nós e verão que isso vos ajudará a resistir às adversidades que todos nós vamos encontrando pela vida e dará um sentido ao esforço que tiverem de despender, vós e as vossas famílias, para chegarem aqui e, mais tarde, ao fim de um curso. A esperança de um mundo melhor está em vós, nunca duvidem disso».
