O movimento Outubro Rosa (Pink October) surgiu nos Estados Unidos da América, na década de 90, com o intuito de sensibilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama, nomeadamente para a importância da prevenção e diagnóstico precoce, do rastreio organizado, de melhores tratamentos, do aumento do financiamento para a investigação na área, etc.
A Europa Donna (ED), Coligação Europeia Contra o Cancro da Mama, é uma organização independente, sem fins lucrativos, cujos membros filiados são organizações de países de toda a Europa. Em Portugal, a ED é representada e desenvolve a sua atividade através da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), a qual, aliada ao Movimento Vencer e Viver, tem promovido o projeto Outubro Rosa.
Vencer e Viver é uma ação de entreajuda que visa o apoio a todos os doentes, familiares e amigos desde o momento em que é diagnosticado um cancro da mama. Este movimento baseia-se no contacto pessoal entre o paciente e um voluntário que vivenciou uma situação semelhante.
O cancro da mama é um problema de saúde pública, sendo o cancro mais frequente em todo o mundo.
De acordo com os dados da LPCC, em Portugal, surgem mais de 6000 novos casos de cancro da mama por ano. Apesar de ser mais recorrente nas mulheres, cerca de 1 em cada 100 cancros da mama desenvolve-se no homem.
Embora não sejam conhecidas as causas exatas do cancro da mama, existem múltiplos fatores de risco, tais como:
• Idade (80% ocorre em mulheres com mais de 50 anos);
• Mulher que tenha tido cancro numa mama tem maior risco de ter esta doença na outra;
• Alterações em determinados genes (transmissão hereditária) estão na origem de 5 a 10% dos casos;
• Excesso de peso, consumo de álcool e hábitos tabágicos;
• Primeira menstruação antes dos 12 anos e menopausa tardia (após os 55 anos).
A prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para o aumento da sobrevivência e manutenção da qualidade de vida dos doentes.
O rastreio de cancro da mama é uma atividade de medicina preventiva, de base comunitária, através da qual se pretende o diagnóstico precoce, encontrando tumores bastante pequenos, muitas vezes não palpáveis e só observáveis em mamografia ou ecografia ou em fase evolutiva não invasiva permitindo, assim, tratamentos menos mutilantes (cirurgia conservadora), menos traumatizantes e uma sobrevida livre da doença.
Para mais informações sobre o rastreio de cancro de mama gratuito promovido pela LPCC consulte: https://www.ligacontracancro.pt/
Texto escrito por Mariana Fonseca, aluna do 12.º ano do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós