Pela primeira vez na sua história, o Agrupamento de Escolas de Porto de Mós (AEPMOS) recebeu a Acreditação Erasmus+ 2021/2027, um instrumento através do qual se reconhece capacidade e competência à Escola Secundária de Porto de Mós para promover atividades de mobilidade individual de alunos do Ensino Profissional.
A Acreditação Erasmus+ abrange um universo de «entre 65 a 70 professores » e «cerca de 200 alunos» de mais de 30 nacionalidades, revela Nuno Oliveira, professor e coordenador do departamento de Erasmus do AEPMOS, composto por seis elementos.
Concedida pela Agência Nacional Erasmus+, a Acreditação Erasmus+ é um programa a que todas as escolas podem concorrer para anualmente se «candidatarem a bolsas monetárias para fazerem visitas e formações na comunidade europeia», explica Nuno Oliveira. O intuito é que, através das verbas concedidas, grupos de professores e/ou alunos façam formação em países europeus e depois tragam os conhecimentos para colocarem em prática cá.
«O objetivo é que se consiga ir para fora para depois trazer para dentro. Sejam novos conhecimentos, novas práticas pedagógicas ou até inovações tecnológicas», afirma. Que durante a estadia possa ir «reportando informação à comunidade escolar» através do envio de «pequenos vídeos, fotografias, panfletos…» e no regresso faça uma sessão de divulgação à comunidade escolar.
No caso dos professores existem dois tipos de formação prevista, diversos tipos de cursos e jobshadowing que, explica o coordenador, consiste «na ida de um professor para a Europa, num dos países associados ao Erasmus, durante uma semana, para trabalhar ao lado de outro professor da mesma disciplina ou área de intervenção para depois replicarem cá».
Em relação aos alunos, o AEPMOS tem previstas várias candidaturas, entre as quais programas de curta duração (período de 35 dias) em que os alunos de estágios FCT completem a sua formação em empresas no estrangeiro. Os países para onde os alunos se vão deslocar permanece uma incógnita porque, como explica Nuno Oliveira, tudo vai depender da verba atribuída ao AEPMOS e da gestão feita com a mesma.
A escolha das cidades é uma das decisões que merece uma maior ponderação por parte da equipa. «Prefiro ter seis alunos num sítio mais barato do que ter um num mais caro. Temos que escolher cidades que permitam levar mais alunos. É muito giro ter um aluno em Reiquiavique mas a viagem custa três vezes mais do que Sevilha ou Madrid. Temos que pensar nisso para dar oportunidades a mais [alunos]», frisa, acrescentando que quem optar por deslocações sustentáveis e ecológicas terá um reflexo na verba atribuída.
Existem também programas de longa duração (90 dias que se pode estender até um ano) direcionados a alunos já formados, dando-lhe a oportunidade de se candidatarem a um estágio internacional. «Queremos aliciar jovens que completaram o ciclo de formação do Ensino Profissional connosco a fazerem este estágio lá fora», explica Nuno Oliveira, acrescentando que o AEPMOS candidatou-se também a uma modalidade que consiste em realizar concursos na área de formação para os alunos demonstrarem as suas capacidades.
Após ter passado por diversas etapas e de cumprido com os pré-requisitos, nos quais demonstrou que é capaz de levar a cabo os projetos, a notícia de que a Escola Secundária passaria a ser uma instituição acreditada chegou no passado mês de fevereiro. Em termos práticos, a obtenção da Acreditação significa que o AEPMOS passa a ter pré-projetos aprovados, no entanto a verba destinada para os executar só será conhecida no próximo mês.
A partir de 1 de junho, a instituição dispõe de um ano para executar esses projetos, prazo esse que, segundo Nuno Oliveira, pode ser «prolongado para dois ou a três anos».