Catarina Correia Martins

Ser mais, ser melhor

31 Out 2022

Impecável. De fato completo e flor na lapela. Seguia seguro e compenetrado, na frente de uma das bandas filarmónicas, no desfile que aconteceu no Festival Filarmonias. Foi isso que chamou a minha atenção e puxou pela minha comoção: o orgulho com que “vestia a camisola” e desempenhava a função que lhe fora confiada. António Cunha, assim se chama. Alguns podem não saber de quem se trata, mas quem for da vila sede de concelho e estiver atento às suas instituições, dificilmente desconhecerá o seu nome ou a sua cara.

Dono de uma simpatia dificilmente igualável, é também irrepreensível no empenho que coloca nas causas a que se dedica. Desde o grupo de teatro, à banda, passando pelo coro e não esquecendo a Universidade Sénior, assim como outras associações de que faz (ou já fez) parte, António Cunha é um homem dedicado à Cultura. Nele vemos um exemplo de quem, independentemente das mais de sete décadas que o cartão de cidadão diz que soma, procura a constante aprendizagem e crescimento, dando o seu contributo para deixar o mundo um pouco melhor, à escala daquilo que é a sua freguesia e o seu concelho.

Há cerca de dois anos, escrevíamos um artigo, em que António Cunha foi protagonista (e que ainda pode ser lido no nosso site, bastando para isso procurar pelo seu nome), em que falava sobre a importância de se manter ativo e participativo na sua comunidade. Hoje, aqui, deixamos-lhe a nossa vénia por fazer disso modo de vida e não apenas um chavão, deitado boca fora. Obrigada António Cunha, precisamos de mais como o senhor.