Serro Ventoso está a dias de receber aquele que é visto como o grande evento da freguesia. O Festival do Galo que acontece sempre no segundo fim de semana de novembro regressa, ao Salão de São Silvestre, já nos próximos dias 9 e 10 de novembro, para aquela que será a sua 10.ª edição.
Este ano, o evento contará com a presença de Emanuel, o cantor de música pimba, que durante a noite de sábado estará em Serro Ventoso, onde fará uma sessão de autógrafos e fotografia. «Eu falei com ele sobre o Festival e ele ficou com a “pulga atrás da orelha”. Não sabia que fazíamos um Festival do Galo», explica o presidente da Junta, Carlos Cordeiro. O autarca conta que lançou o convite ao cantor durante o programa Domingão, realizado pela SIC em maio na freguesia, e que este foi prontamente aceite pelo artista. «No passado domingo já anunciou na televisão que iria estar no dia 9, em Serro Ventoso, no Festival do Galo», disse, satisfeito. Embora sublinhe que não está prevista uma atuação por parte do cantor, uma informação que diz estar «bem explícita no flyer», o autarca revela que vai tentar convencê-lo «a cantar uma música ou duas à capela».
Também este ano haverá diversos pratos para degustar (galo no forno, cabidela de galo, feijoada de galo, galo bêbado), onde se inclui também a paelha de galo. Um prato que o presidente da Junta, Carlos Cordeiro, quis recuperar este ano, numa decisão que justifica com o enorme «sucesso» do passado e com a antiga relação que mantém com Vila de Cruces, para onde viaja frequentemente, numa espécie de intercâmbio gastronómico. «Esta é uma partilha ibérica. Há muita gente que nunca comeu paelha. Em vez de irem a Espanha, vem Espanha até aqui», considera, revelando que o vice-presidente de Vila de Cruces já garantiu que irá marcar presença no evento. A estes pratos, juntam-se as já habituais iguarias que têm sempre o galo como ingrediente principal (rissóis, croquetes, chamuças, chouriças e alheiras).
Ao final da tarde de sábado, a Rádio Dom Fuas estará, em direto, do recinto do Festival, com o programa Gentes e Lugares, através do qual irá dar voz às coletividades e a algumas das figuras da freguesia.
Exposição de galos regressa ao evento
O presidente da Junta espera que à semelhança de anos anteriores também neste possam passar pelo Festival «entre 1 000 a 1 500 pessoas». Esta edição tem também a particularidade de acolher, pela segunda vez, a Associação Lusa de Criadores de Aves de Capoeira que no ano passado trouxe a Serro Ventoso «mais de 20 raças de galo diferentes». «Correu muito bem. Gostaram muito e disponibilizaram-se a vir outra vez. Eu recebo-os de braços abertos», refere. «Eles têm muitos criadores a nível nacional, que são sócios, e que convidam para trazer amostras de galo», afirma, admitindo, a título de exemplo, que até ao ano passado nunca tinha visto nenhum «galo todo preto». «Havia ali várias raças de galos que as pessoas nem sabem que existem. Acho que é importante, também em termos de cultura geral», considera.
Olhando para trás, até à altura de criação do Festival, Carlos Cordeiro não tem dúvidas de que muito evoluiu ao longo do tempo; «O galo, desde que nasceu até hoje, tem tido sempre coisas novas e tem sempre inovado. Em nove anos já estamos a fazer uma marca muito importante para o concelho», conclui.
Foto | JF Serro Ventoso