É legítimo perguntar-se porque fazemos capa e damos duas páginas dentro do jornal ao congresso das rádios, se este foi um evento de nicho, que não foi aberto à população e no qual se discutiram apenas assuntos relativos às rádios, que não impactam, pelo menos diretamente, a vida da população portomosense. E como é legítima a pergunta, aqui vem a resposta. O primeiro motivo é direto: foi um evento nacional, que trouxe ao concelho de Porto de Mós pessoas de todo o país (inclusive ilhas), que não só estiveram no congresso em Mira de Aire, como “consumiram” no concelho (tanto as refeições como a dormida) e passaram todo o dia de domingo a visitar a vila de Porto de Mós, tendo passado também pelas instalações da nossa rádio. O segundo é que para nós, Rádio Dom Fuas, foi uma oportunidade de aprendizagem, de partilha de experiências e, por isso, de enriquecimento para que possamos levar até si, que nos ouve, um melhor produto final. O terceiro motivo é, talvez, o mais importante. Isto deve interessar a todos porque sem informação, neste caso local, a democracia fica comprometida. Se não for por mais nada, é por isto que devemos acarinhar o nosso jornal e a nossa rádio, porque informação é poder e sem eles, dificilmente saberemos do que se passa na nossa terra; afinal é preciso que aconteça uma catástrofe para que os meios nacionais se interessem.
Assim, convido-o a ler com atenção aquelas duas páginas, a perceber os problemas e desafios com que nos debatemos todos os dias. Depois, não podendo fazer mais nada, peço que nos leiam e que nos ouçam. Em última instância, contribuam para a boa imagem destes dois órgãos que se orgulham muito do serviço público que fazem e de levar, até todos vós, informação de qualidade, “as notícias da nossa terra”.