O festival de teatro que teve início em fevereiro despediu-se no passado sábado, dia 20 de abril, na Casa da Cultura de Mira de Aire, com a peça Sexta-feira 13, encenada pelo Grupo de Teatro do Círculo Cultural Mirense. Recorde-se que Mira de Aire entrou no roteiro do festival, dado ao adiamento da peça que anteriormente entrava no programa no dia 2 de março no Cineteatro de Porto de Mós, tendo estas instalações sofrido danos devido às condições meteorológicas.
«O Teatremos é sempre um festival diferente porque é um festival dentro de uma instalação específica e que nos dá a oportunidade de ter um programa cultural durante o inverno. Este ano, tivemos aqui uma limitação com este Grupo de Mira de Aire», refere o vice-presidente da Câmara e vereador da Cultura, Eduardo Amaral. «Foi uma forma de fechar o ciclo de teatro e já que é o grupo de Mira de Aire, poder fazer junto da sua comunidade e as pessoas de Porto de Mós também se puderem deslocar e assistir, porque também não podem haver instalações estanques onde cada um se fecha dentro dela própria», acrescenta o responsável.
O Teatremos, «um ponto de união e partilha», recebeu em palco seis peças e seis grupos de teatro de cinco freguesias do concelho, nomeadamente o Juncateatro – Teatro Regional do Juncal, o Mendigal – Grupo de Teatro de Mendiga e Arrimal, o Trupêgo – Grupo de Teatro de Porto de Mós, a Academia de Teatro do Instituto Educativo do Juncal, o Círculo – Grupo de Teatro do Círculo Cultural Mirense e o Teatr’ambu – Grupo de Teatro de São Jorge.
Esta 18.ª edição permitiu a cada um a «aprendizagem de técnicas, a possibilidade de fazer contactos, de gerir patrimónios e recursos, criando laços importantes», disse ainda o responsável. Este sentimento de comunidade é frisado pelo autarca, referindo que «a própria comunidade vem partilhar o que os seus estão a fazer», o que «garante casa cheia a cada grupo». «O retorno é sempre positivo, porque os elogios que eles recebem, o reconhecimento da sua comunidade é imediato e as associações são tão mais fortes quanto a sua própria comunidade», adiantou.
Para o futuro do evento, o vice-presidente da Câmara antevê um «engrandecimento» com grupos de «outra diversidade de oferta», visando a aprendizagem dos grupos locais. «Para que os nossos possam ver que podem dar aqui um salto ou ter aqui um patamar de evolução maior», sendo o objetivo «crescer como Teatremos».
Atualmente o Cineteatro permanece encerrado, estando ainda a ser feita uma «reavaliação elétrica da estrutura», sendo o edifício sujeito a obras. Desta forma, «está a ser feito um protocolo com o Fórum Cultural, de maneira a que possa dar resposta à utilização do Cineteatro». Eduardo Amaral refere que a autarquia está já a desenvolver a «grande parte das atividades dentro do Fórum» e todos «os espetáculos de outra monta serão realizados na Casa da Cultura de Mira de Aire».
Fotos | Município de Porto de Mós