No passado dia 21, a sede da Sociedade Recreativa da Cabeça Veada acolheu o III Encontro de Concertinas da Cabeça Veada, no qual estiveram presentes cerca de 60 tocadores vindos dos concelhos de Porto de Mós e de Alcobaça, revelou ao nosso jornal, Eurico Simão, representante da Escola de Concertinas da Cabeça Veada, a entidade organizadora. Se para a grande maioria dos participantes este evento não foi novidade, para outros foi uma estreia absoluta. Foi o caso de alguns elementos do grupo de jovens, dos 8 e aos 12 anos, da Escola de Concertinas Aldeias de Alcobaça que começaram a aprender a tocar concertina durante a pandemia e quis o destino que a primeira vez que pisassem um palco fosse na Cabeça Veada.
Depois de um ano de interregno devido à pandemia, a ansiedade de regressar aos palcos já era grande. Há seis meses que voltaram a planear o encontro e, desta vez, pôde mesmo realizar-se. Das 18 pessoas que fazem parte da Escola de Concertinas da Cabeça Veada apenas uma não participou por estar em isolamento profilático mas para as que marcaram presença este regresso não podia ter sido melhor. «Estávamos todos com o mesmo desejo, era a vitamina de que precisávamos. Foi muito bom e todos ficaram muito contentes com o que aconteceu», disse Eurico Simão.
Terminada mais uma edição, a perspetiva é de que para o ano se possa voltar a organizar o Encontro de Concertinas da Cabeça Veada, que decorre sempre no terceiro fim de semana de novembro. Até lá, o grupo vai ensaiando todas as terças-feiras, depois das 20 horas, ao mesmo tempo que «distrai a cabeça». «Isto é uma terapia como ir à caça ou à pesca», considera o representante da Escola de Concertinas da Cabeça Veada, recordando que a instituição está aberta a todos aqueles que queiram aprender este instrumento musical.