Foi mesmo caso para dizer «Finalmente!»: a Tim Competição, empresa sediada no Andam (freguesia do Juncal) que faz a «preparação, manutenção, aluguer e assistência de veículos preparados para todo-o-terreno» sagrou-se campeã nacional na categoria T2 no Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno, que terminou no último fim de semana de outubro com o Baja Portalegre 500, a sétima e derradeira prova do circuito, trazendo de volta a esta equipa portomosense o título que Américo Valentim Santos, “Tim”, como é conhecido, conquistou na temporada 2006/2007.
Ao volante do carro vencedor, uma Nissan Pathfinder, estiveram Luís Caetano e André Couceiro, os melhores na globalidade da competição. Um resultado que podia ter sido diferente, já que, como explica ao nosso jornal a team manager Carina de Castro, a equipa Tim Competição tinha outros dois carros “a correr” e um deles foi mesmo 2.º classificado da geral. Um campeonato e um vice-campeonato, portanto, é este o desfecho último para o grupo.
«Em Portalegre estavam separados por 7 pontos, ou ganhava um ou ganhava outro, e no sábado o João Lourenço (ao volante de uma Nissan D22 e acompanhado por Nuno Gouveia de Sousa) capotou e deu cabo da carrinha e claro que deu de bandeja o triunfo ao colega», conta Carina de Castro. Com muito fair-play à mistura e «um sentimento de entreajuda» entre as duas duplas, frisa ainda. Além deles, “correram” ainda Henrique Lourenço e Ricardo Sobral, com um Mitsubishi Racing Lancer.
Um “reconhecimento do trabalho feito”
Carina de Castro fala de um sentimento de «orgulho e do reconhecimento do trabalho feito» pela equipa, que foi premiada este ano, pela primeira vez, com ambos os lugares cimeiros. Uma caminhada de muito esforço, que começou em Beja (Baja TT Montes Alentejanos), antes de seguir para Badajoz (Baja TT Extremadura), Algarve (Baja de Loulé), Reguengos de Monsaraz (Baja TT Sharish Gin), Cadaval (Baja Oeste) e, por fim, Portalegre.
A Tim Competição foi a responsável pela preparação dos veículos para a competição: «Ao longo do ano inteiro, todo o processo passava por nós, os carros eram nossos, a manutenção era feita por nós, assistência em prova foi toda nossa», explica Carina de Castro. E, mediante os regulamentos, explica que é um trabalho que pode ser inglório no que toca às reparações para os mecânicos de serviço, «por norma, duas pessoas pro carro».
Precisam de saber «a que horas entrou [o carro na box], quanto tempo falta para sair, é preciso sabe se os pilotos tiveram saída de estrada, se bateram com alguma roda, se notaram alguma deficiência» no veículo. É que serão esses mesmo veículos que concorrerão em provas futuras, caso, por exemplo, do famigerado 24 Horas TT – Fronteira (que se inicia a 30 de novembro). A mesma carrinha que alcançou o 2.º posto na geral do campeonato nacional «vai fazer a corrida, após uma grande reparação, [já] que veio de Portalegre capotada».
O objetivo na prova de resistência é «chegar ao fim, trazer o carro inteiro até ao final». Em jeito de recordação, a team manager (que inclusive fez a prova em 2017) relembra que «o Tim, em 2009/2010, “fez” 2.ª à geral numa D22», pelo que já estão mais que experientes nestas lides.
Agora, nem Tim nem Carina de Castro conduzem: «Este é o nosso trabalho, não é propriamente a nossa diversão, [mas] nós divertimo-nos a trabalhar, fazemos isto com muito gosto», conclui.
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