Este domingo, dia 20 de novembro, a Sociedade Recreativa da Cabeça Veada, na União de Freguesias de Arrimal e Mendiga, vai receber o IV Encontro de Tocadores de Concertinas, que, à semelhança dos anos anteriores, não vai ter grupos convidados, sendo o alinhamento definido «na hora» e consoante o número de tocadores inscritos nessa manhã, explicou ao nosso jornal um dos responsáveis da direção da Escola de Concertinas, Eurico Simão. O que é certo é que o grupo de concertinas da Cabeça Veada vai ser o primeiro a subir a palco, enquanto entidade organizadora, embora nem todos os 18 membros estejam «a tocar». «Normalmente são 10 a 12 tocadores e o resto são elementos em aprendizagem», revela Eurico Simão.
O responsável está confiante que o evento «talvez consiga atingir o mesmo número» de participantes de anos anteriores (cerca de 60 tocadores em 2021), já que os moldes do certame são os mesmos. O encontro vai começar com um almoço-convívio, para o qual já há algumas confirmações. Segundo Eurico Simão, vai decorrer também uma venda de vários artigos regionais, com o intuito de ajudar financeiramente o grupo.
“O nosso objetivo é trabalhar a aldeia e o local que temos”
Criado em 2018, o encontro teve apenas um ano de paragem, fruto das condições impostas pela situação pandémica à data, em 2020. Cinco anos volvidos, «a evolução tem sido positiva», garante Eurico Simão, já que a Escola de Concertinas tem conseguido «extrair as pessoas, não só os filhos, mas os netos, para também terem uma ocupação» na área da música. O responsável refere que, naquele grupo, «o elemento mais novo tem 13 anos, o mais velho tem 69». Para o organizador, «estando em Porto de Mós ou Alcobaça seria mais fácil [ter mais pessoas], mas não é esse o objetivo»: «O nosso objetivo é trabalhar a aldeia e o local que temos», afirma. E para «trabalhar a aldeia», explica Eurico Simão, este tipo de encontros é «muito importante»: «Nós podemos levar para fora do concelho um bocadinho da nossa região. Levamos as pessoas. Levamos as tradições», conclui.