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Treinadores fazem balanço a meio do campeonato (Divisão de Honra de Futebol)

10 Fevereiro 2023
Bruno Fidalgo Sousa

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Bruno Fidalgo Sousa

10 Fev, 2023

Luís Neto (AD Portomosense)

«O campeonato, na medida do possível, está a correr bem. Perdemos alguns pontos que não devíamos ter perdido, mas estamos nos lugares cimeiros, é o nosso objetivo», garante Luís Neto, o pedreirense que assumiu esta época o comando técnico da Associação Desportiva Portomosense (ADP), retornando à casa onde se formou enquanto futebolista, depois de passagens por União de Leiria, Mirense e FC Porto (enquanto scout). Em 4.º lugar com 27 pontos, menos 17 que o líder, o Peniche, a ADP ainda “sonha” com um apuramento para a Taça de Portugal, que pode chegar caso termine a Divisão de Honra em 1.º ou 2.º lugar ou até em 3.º, dependendo das equipas que cheguem à final da Taça do Distrito, onde a ADP já foi eliminada. Luís Neto, ainda assim, não esquece o objetivo de todas as equipas em prova: «Claro que se fôssemos campeões era perfeito», confessa a O Portomosense, referindo ainda que, mesmo estando longe do líder, vão «trabalhar para chegar perto». O técnico não faz, no entanto, prognósticos: «Vai oscilar muito, até ao 2.º lugar as coisas estão muito equilibradas, realmente temos uma equipa que já vai muito longe, mas do 2.º até ao 8.º há aqui um equilibro muito grande», reflete. No seu primeiro ano no clube portomosense (que diz ser «um clube histórico da zona»), o “filho da terra” crê ser «mais um para ajudar e para ajudar o concelho». Luís Neto acredita que, «a nível de adeptos, claramente todas as pessoas do concelho têm aderido muito mais aos jogos do Portomosense» – o treinador refere que a instituição está a tentar dar «outra dinâmica ao clube que era precisa e que não havia nos últimos anos». Já «a nível de estrutura, o clube precisa e está estruturado para estar noutros patamares daqui a alguns anos, a nível de formação, a nível de séniores», diz Luís Neto. «Acho que é o melhor ano para começar a estruturar, sem ultrapassar o que deve ser trabalhado primeiro», refere.

Manuel Balela (UR Mirense)

«Atendendo aos resultados e à classificação [último posto da tabela, à 16.ª jornada da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Leiria] que a União Recreativa Mirense (URM) tem neste momento, é óbvio que não podemos dizer que o resultado é positivo», começou por explicar a O Portomosense o dirigente (e atual presidente, eleito a 26 de janeiro) Manuel Balela, que assumiu o cargo de treinador, com a ajuda de Tozé Quaresma e de David Vicente (treinador de guarda-redes). Para Manuel Balela, «esta situação acaba por ser o acumular de algumas» outras, «que acabaram por fazer com que o Mirense partisse outra vez do zero». A saída de cerca de 15 atletas e de «muita gente que abandonou a estrutura, desde a época passada», sem ter entrado alguém «para ajudar o futebol sénior», aliada ao falecimento inesperado do ex-presidente António Lima, ainda no verão (e a consequente demissão coletiva da direção em janeiro), e a contratação de um técnico lisboeta, Hugo Travanca, «que acabou por não dar os resultados que pretendia» e que foi posteriormente afastado, estão na base do mea culpa que o treinador assume: «Quando começamos do zero acabamos sempre por cometer alguns erros, e infelizmente as decisões que fui tomando ao longo destes meses não foram aquelas que estávamos à espera». Manuel Balela sente-se «desgastado» por não conseguir «chegar a todo lado», dado ter estado a assumir múltiplas funções. Ainda assim, «enquanto matematicamente for possível», a URM vai lutar para permanecer na Divisão de Honra: «O nosso objetivo é a manutenção, mas nunca pondo em causa os princípios do clube, que é a sanidade em termos financeiros», garante o treinador. Para Manuel Balela, o processo eleitoral do passado dia 26 é «um ponto de interrogação muito grande», com várias decisões por tomar a partir daí: as inscrições dos jogadores na prova fecham em fevereiro e a URM continua «com um número muito reduzido de atletas, e falta «inclusive arranjar um treinador, para ver se é possível dar a volta a isto», explica o atual técnico e novo presidente do clube.

Filipe Faria (CCR Alqueidão da Serra)

À 16.ª jornada e desde novembro num registo de vitórias consecutivas para o campeonato, o Centro Cultural e Recreativo Alqueidão da Serra (CCR Alqueidão da Serra) permanece irredutível no 2.º lugar da Divisão de Honra de Leiria, com 37 pontos, posição que vai ao encontro dos objetivos da equipa alqueidoense: «Andar nos primeiros quatro ou cinco lugares da tabela classificativa e disputar cada jogo para tentar obter os três pontos», refere o treinador Filipe Faria, fazendo notar que esta boa prestação se deve «essencialmente ao mérito dos jogadores», que «têm feito diariamente um progresso naquilo que é a sua evolução, individual e coletiva e também à direção e aos adeptos» do emblema serrano. Já a classificação faz-se «no final», garante o técnico, para quem o campeonato está a correr dentro do perspetivado, um jogo (e três pontos) de cada vez. A sete pontos do 1.º classificado (Peniche), a equipa de Alqueidão da Serra quer manter o 2.º posto, «porque tem sempre vantagens desportivas e económicas», nomeadamente a presença na primeira eliminatória da Taça de Portugal (só o primeiro lugar tem a possibilidade de subir de divisão). O treinador acredita que este é um campeonato «muito equilibrado», em que «cada jogo é uma autêntica final» e onde «qualquer equipa pode ganhar os jogos todos, assim como perder». As partidas «de muito bom nível», com «bons executantes e excelentes treinadores» estão a beneficiar o futebol distrital, garante, recordando que o CCR Alqueidão da Serra é uma das 16 equipas que integram a competição que não tem sede numa vila ou numa sede de concelho (é até, a par do Leiria e Marrazes e do Avelarense, uma de três equipas sediadas em aldeias), o que se reflete nos apoios camarários. Qual é, então, a “fórmula” para os bons resultados? «Tem a ver com a qualidade dos atletas, com o seu compromisso, com o seu empenhamento, e naturalmente que neste campeonato tão competitivo, aqui ou acolá podemos ter uma pontinha de sorte, coisa que nos outros três jogos anteriores [as atuais três derrotas da equipa na prova, também elas consecutivas] acabámos por não ter».

Revisão | Catarina Correia Martins

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