Estar próximo dos munícipes e dar-lhes voz é o primeiro objetivo de Rita Cerejo, a candidata do PS à Assembleia Municipal de Porto de Mós (AM). A este, a antiga vereadora da Ação Social e Juventude, une a determinação de fazer com que aquele órgão autárquico vá além das funções fiscalizadoras e deliberativas. As razões e o modo como o pretende fazer foram explicadas na apresentação da candidatura que decorreu no dia 14 de agosto junto a uma das entradas da Ecopista.
«Para dar voz a todos e para cativar toda a gente à participação cívica e política temos de criar estratégias e ações que obriguem as pessoas a pensar, a tentar perceber, e que as cativem a aproximarem-se». Um dos primeiros objetivos é criar um canal de comunicação direto com a presidente da AM, via e-mail ou Whatsapp», anunciou explicando que «a AM, na pessoa do seu ou da sua presidente deve funcionar como um provedor do munícipe no sentido de estar recetivo, próximo, e de ouvir as pessoas».
Na tentativa de aproximação aos jovens manifestou a vontade de criar uma Assembleia Municipal Jovem porque «é muito importante que os mais novos, desde bem cedo, comecem a perceber o que é uma Assembleia Municipal, uma Câmara, uma Junta, e o que é que cada uma faz porque quando crescerem têm de saber onde se dirigir e podem e devem sentir o apelo em participar».
A transmissão online das sessões da AM foi outra das promessas. Com isto quer ir ao encontro «das pessoas com dificuldade em participar» devido aos horários, assim como daquelas que «não gostarão de se expor mas que até gostariam de acompanhar os assuntos».
Embora admita que ainda há quem não tenha acesso à internet, a candidata socialista entende que «a transmissão online será o garante de que um maior número de pessoas, querendo, poderá ter acesso àquilo que é discutido nas assembleias».
Convicta de que a AM não se pode ficar, apenas, pelas funções fiscalizadoras e deliberativas, disse que uma das propostas é «a promoção de ações de sensibilização, de formações, de projetos e parcerias», divididas por quatro grandes temáticas, uma por cada ano de mandato. Assim, a promoção da Saúde é o tema eleito para o primeiro ano, «não por uma questão de moda, mas de necessidade», realçou. «É urgente promovermos e sensibilizarmos a comunidade, os jovens, os idosos, para a promoção de estilos de vida saudáveis, passando pela prática desportiva, alimentação saudável e educação de como cozinhar ou o que comprar», disse. «Queremos também sensibilizar para as problemáticas da saúde mental. É um assunto na ordem do dia mas muito esquecido pela própria Saúde, autarquias e comunidade».
O desenvolvimento sustentável é o tema para o segundo ano. Rita Cerejo pretende promover a discussão em torno das alterações climáticas e ajudar a «alterar comportamentos dos cidadãos e das empresas». Quer também discutir «as práticas da agricultura sustentável» para valorizar «as potencialidades muito grandes» do concelho a este nível. Disse ter, ainda, «sugestões do que pode ser um eco-concelho, uma eco-escola e uma eco-freguesia». Não tendo a AM funções executivas a solução passará por «fazer um pouco como a Assembleia da República faz ao Governo: fazer recomendações. É isso que vamos fazer à Câmara», adiantou.
Caso seja eleita, Rita Cerejo promete pôr na ordem do dia no terceiro ano de mandato, as temáticas ligadas à juventude, desde o bullying, à violência no namoro, passando pelos comportamentos aditivos e é sua intenção incentivar a Câmara a retomar ou a dar novo fôlego ao projeto Like Saúde. Quer discutir igualmente a empregabilidade dos jovens e à boleia disso, «agarrar no tipo de profissões que são necessárias para as empresas do concelho, dar a conhecê-las aos jovens e cativá-los porque há uma dificuldade enorme em conseguir mão-de-obra e nem todos os jovens têm de tirar um curso superior ou, mesmo tendo-o, ter um cargo executivo».
Finalmente, para o último ano, Rita Cerejo promete agitar a bandeira dos idosos, e isso passa pela promoção do envelhecimento ativo mas também de atividades que juntem no mesmo espaço crianças e idosos e para que quem não está em lares ou centros de dia possa usufruir dessas iniciativas defendeu o estabelecimento de parcerias com diversas entidades. A candidata considerou, ainda, fundamental o desenvolvimento por parte das juntas de freguesia de projetos que permitam um melhor acompanhamento de idosos a viver sozinhos e ou isolados, e entende que a AM pode ajudar sensibilizando para o problema mas, também, fazendo recomendações e sugestões às Juntas».
João Salgueiro afirma:
“Rita Cerejo tem uma excelente equipa. Não me recordo de outra com mais valia que esta”
«Eu que já ando aqui há alguns anos não me recordo de uma equipa com mais valia que esta que é candidata [pelo PS] para os próximos quatros anos à Assembleia Municipal». A frase é de João Salgueiro, o candidato socialista à Câmara de Porto de Mós e foi dita no decorrer da apresentação pública da candidatura de Rita Cerejo à Assembleia Municipal (AM).
João Salgueiro não esconde o orgulho que tem na sua antiga vereadora e em todos os momentos públicos tem dado testemunho disso mesmo. Depois de sublinhar que esta se fez rodear de «uma excelente equipa», passou em revista algumas das ações em que terá tido ação de relevo enquanto vereadora, o que, no seu entender, é sinal da capacidade de trabalho e da preparação para o cargo a que se candidata.
«Foi a doutora Rita Cerejo que implementou e dinamizou a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, comissão extremamente importante para acompanhar os problemas sociais que por vezes, infelizmente, vão surgindo». «Foi da autoria da doutora Rita Cerejo a criação do Espaço Social, um espaço que não era para dar de comer mas para resolver alguns problemas das pessoas e que será reativado uma vez que foi fechado». «A doutora Rita Cerejo esteve também na base da dinamização da Rede Social em parceria com as nossas IPSS e foi também dela a criação da ginástica sénior, uma atividade importantíssima», afirmou.
Evocando os objetivos definidos por Rita Cerejo para cada um dos anos de mandato, João Salgueiro disse que aqui reside a grande diferença: «É que nós apresentamos projetos um mês antes das eleições, para iniciar logo no primeiro dia de mandato e não projetos um mês antes do final do mandato para dar nas vistas e arranjar votos».
«Esta lista foi elaborada a pensar nos desafios do concelho e não em compadrios nem em vinganças pessoais. Foi gente de trabalho que nós escolhemos», concluiu.