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Uma atividade ancestral que o concurso das “7 Maravilhas” fez renascer

3 Setembro 2020
Jéssica Silva

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Jéssica Silva

3 Set, 2020

Presentes nas serras do concelho de Porto de Mós, mas não só, os Muros de Pedra Seca são um elemento centenário e arte ancestral que «infelizmente se foi perdendo», deixando de ser reconhecida e por isso, o presidente da Câmara, Jorge Vala, confessa em declarações a O Portomosense que foi com uma «satisfação muito grande» que recebeu a boa nova: os Muros passam à final do concurso. «Fiquei muito emocionado porque além de ser a afirmação do nosso território e de estarmos a representar todo o Maciço Calcário Estremenho é a confirmação da valia desta candidatura», sublinha o autarca.

O presidente da Câmara reconhece ainda o apoio de todos aqueles que desde o primeiro momento «colaboraram, participaram, se envolveram e que apadrinharam esta candidatura». «E não foram poucos», acrescenta Jorge Vala, dando o exemplo dos municípios em redor do Parque Natural que mesmo não possuindo uma candidatura «não hesitaram em manifestar o seu apoio formal» e a expectativa agora é que esse apoio seja «reforçado» na última etapa do concurso.

Como seria expectável, o autarca admite a ambição que os Muros sejam reconhecidos como uma das 7 Maravilhas, no entanto confessa que caso esse desejo não se concretize, o patamar alcançado já trará inevitavelmente consequências positivas. «Independentemente disso, os Muros de Pedra Seca já são uma maravilha da cultura popular e estamos certos que agora irá acentuar-se a sua visibilidade, manutenção e presença no nosso território», afirma.

Já no entender do vereador da Cultura, Eduardo Amaral, a proeza de os Muros de Pedra Seca conseguirem marcar presença na final tem a ver com a forma como a candidatura foi guiada. «Foi partir do princípio que são muros que unem e não que dividem», destaca, considerando ser um «orgulho» o facto de Porto de Mós estar a competir com patrimónios completamente distintos. «Nós com uma coisa simples que, para muitos, era um monte de pedras, conseguimos despertar uma consciência coletiva e ver que aquele monte de pedras não existe sozinho e é uma grande obra de arquitetura», sublinha.

«As comunidades cada vez mais sentem necessidade de valorizar o que é seu. E só por isso, nós achamos que já ganhámos com esta participação, que é um esforço coletivo», frisa o vereador da Cultura, Eduardo Amaral.

Depois da candidatura dos Muros às 7 Maravilhas da Cultura Popular, o próximo objetivo deverá passar por algo mais ambicioso: uma candidatura do saber fazer dos Muros de Pedra Seca a Património Imaterial da Humanidade. «Este é um percurso que considero natural tendo em conta a maravilha que é a arte que está implícita», explica Jorge Vala. «É uma herança que nos foi deixada e agora o nosso pacto é apelar à preservação deste património», reforça Eduardo Amaral.

Foto: Ilda Silva

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