A Lagoa Grande, no Arrimal, foi o espaço escolhido para o segundo espetáculo do III Ciclo de Concertos em Meio Natural do Cistermúsica – festival de música de Alcobaça – que se realizou no passado domingo, 16 de julho, com a atuação de jazz de Filipe Furtado Trio. O ciclo encerra já no próximo dia 23 de julho no Barreiro Novo, em São Bento, com o projeto Além Fado.
Depois do Maat Saxophone Quartet, na Fórnea, em Alcaria, ter dado início a esta série de concertos na natureza a 9 de julho, a atuação de Filipe Furtado Trio levou no passado fim de semana cerca de uma centena de pessoas à Lagoa Grande para aproveitar a tarde de sol que ainda queimava e as melodias do piano, do saxofone, da bateria e da voz de Filipe Furtado, que misturadas com os sons da natureza pareciam trazer ainda mais tranquilidade e calma ao espaço e às pessoas ali presentes. Nome de Rua, Teresa da Nazaré, Prelúdio/Epigrama, Uma Terceira Despedida, Os Bravos, e Menina do Techno Não Samba foram alguns dos temas tocados pelo trio de jazz, composto por Filipe Furtado na voz, guitarra e teclado; Paulo Silva na bateria e Filipe Fidalgo no saxofone. O grupo musical focou-se sobretudo a apresentação do seu disco de estreia Prelúdio e tocou ainda alguns temas mais recentes, a incluir já no próximo álbum.
Ainda antes de terminar o concerto, Rui Morais, em representação do Cistermúsica, destacou com entusiasmo a quantidade e a diversidade de pessoas que vieram até à Lagoa Grande para assistir ao concerto. «Costuma-se dizer nesta área, no jargão da cultura, que é importante criar novos públicos e acho que está aqui provado que estamos a fazê-lo», realçou. A missão deste festival passa também por dar a conhecer jovens talentos, sendo uma alavanca para a sua carreira.«Nós na cultura temos de ter esta capacidade de encontrar jovens valores e de começar a apresentá-los ao público», salientou.
Futuramente, Rui Morais está certo que o caminho do Cistermúsica, «o maior festival de música clássica do país», continuará a passar pelo concelho e espera, por isso, continuar a trazer mais músicos até às aldeias e vilas portomosenses. «Isto tem uma diversidade brutal e é cada vez mais um festival dentro de um festival, portanto vamos continuar com certeza a trabalhar para trazer grandes músicos a Porto de Mós e, possivelmente, a novos espaços emblemáticos, todos em meio natural», acrescentou.
Fotos | Rita Santos Batista