Uma Festa “que tem todos os ingredientes” para o sucesso e que teve “menos lixo”

9 Julho 2023

Jéssica Moás de Sá

«O balanço é bastante positivo, é uma Festa com todos os ingredientes» necessários para o sucesso «e para estar sempre em crescimento», frisou o presidente do Fundo Social dos Funcionários da Câmara Municipal, Luís Vieira, aos microfones da Rádio Dom Fuas, que mais uma vez voltou a emitir em direto das Festas de São Pedro. O responsável pela entidade organizadora falou num ano diferente do transato: «O ano passado as pessoas vinham sedentas de Festa porque a pandemia atrasou o passo, este ano foi diferente e a parte económica, nos primeiros dias, teve impacto. Mas normalmente é sempre assim, as Festas começam “a subir” a partir de quarta-feira (este ano a 28 de junho) e assim foi, tivemos muita gente a partir desse momento».

A evolução, acredita o presidente, tem sido «notória», mas há sempre «aspetos a melhorar». «Se recuarmos há uns anos, as Festas têm evoluído e para quem as trabalha e organiza é bom termos todos os anos desafios, porque senão, não vale a pena estarmos aqui. As Festas são o ex-libris do concelho e tentamos dinamizá-las o mais possível», sublinha. Este ano, um dos maiores desafios prendeu-se com a grande novidade desta edição: o facto de ser um ecoevento. As opiniões sobre este novo conceito divergiram e alguns responsáveis das Tasquinhas manifestaram no estúdio móvel da Rádio Dom Fuas que não concordavam com a não devolução do dinheiro do copo ou até com a reutilização que, defendem, levantava questões de saúde pública. Luís Vieira admite «que há coisas a limar», mas começa por evidenciar a «limpeza do recinto no fim da noite» onde só se viu «apenas lixo pontual». O presidente explicou ainda que apesar das tascas, algumas delas, «quererem ter o próprio copo», este sistema permitiu que tirassem alguma rentabilidade: «A Câmara e o Fundo investiram nos copos que vendemos a 0,30 cêntimos às tascas, depois elas venderam a 0,50». Ainda assim e no geral, este primeiro ano de teste «correu bem» e as pessoas acabaram por se adaptar. Luís Vieira encara estes copos também como «uma possibilidade de ficar com uma recordação», sendo que dos 100 mil copos que a organização mandou fazer, sobraram apenas 15 mil.

Um dos aspetos que o responsável também destacou foi a rapidez com que a zona das tendas esgotou, onde produtores e artistas locais podiam vender. «Depois de abrirmos as inscrições, em oito dias conseguimos esgotar os espaços que tínhamos e se tivéssemos outra tenda, não tenho dúvidas que enchíamos», acredita. Apesar de a situação económica ter sido este ano um “entrave” para alguns, Luís Vieira lembrou ainda que muito se pode «fazer nas Festas gratuitamente», algo que quer preservar: «Temos os concertos grátis, a animação de rua e as exposições e tendas para ver também de forma gratuita».

Com Isidro Bento e Rita Santos Batista
Foto | Luís Vieira Cruz

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