Serro Ventoso acolheu, no passado dia 14 de maio, o 73.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós que, pela primeira vez, teve a particularidade de se realizar fora da sede do concelho no âmbito de uma iniciativa assente na descentralização.
O dia começou com uma parada em frente ao quartel. Hasteadas as bandeiras, os operacionais rumaram aos cemitérios da vila, homenageando quem já partiu, e seguiram posteriormente para Serro Ventoso. Foi nas imediações da Junta de Freguesia desta localidade que se ergueu um palco destinado à sessão solene na qual participaram o presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, Jorge Vala; o presidente desta Junta, Carlos Cordeiro; o representante da Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria, Jorge Novo; o 2.º Comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Comando Sub-Regional da Região de Leiria, Ricardo Costa; o presidente da assembleia geral dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, José Ferreira; o presidente da direção desta associação, António José Ferreira; e o seu comandante, Elísio Pereira.
Após um momento destinado à promoção de elementos do corpo ativo, José Ferreira tomou da palavra e, num breve discurso, justificou a iniciativa com «a necessidade de aproximar os bombeiros das populações residentes na sua área de intervenção». De seguida subiu ao palanque Carlos Cordeiro, que iniciou a sua intervenção com uma homenagem ao falecido Francisco do Carmo Custódio, bombeiro que dedicou mais de 40 anos aos soldados da paz. Emocionado, o líder do executivo prosseguiu o discurso centrando-se na evolução da região, salientando o sucesso do projeto “cabras sapadoras” e tecendo críticas ao ICNF. Seguiu-se Elísio Pereira, que felicitou os elementos recém-promovidos e enalteceu a capacidade do seu corpo ativo: «Tenho os melhores bombeiros do mundo!», exclamou antes de se dirigir ao poder local com o pedido de uma nova Equipa de Intervenção Permanente e da implementação de benefícios para os elementos que envergam a farda.
Alinhado com o seu comandante, António José Ferreira aproveitou a oportunidade para, orgulhosamente, «agradecer a todos aqueles que têm feito a Associação crescer ao longo dos últimos 73 anos». Jorge Novo e Ricardo Costa também sublinharam o legado deixado pela corporação e defenderam apoios para que os operacionais possam ser devidamente equipados. Já Jorge Vala disse não ter dúvidas de que pode «contar com a prontidão das corporações do concelho» e assumiu «o dever de manter a sua estabilidade». Socorrendo-se de dados estatísticos, o autarca mostrou-se preocupado com o decréscimo de voluntários a nível nacional e reiterou o «forte investimento da Câmara Municipal na segurança», reforçando que o município investiu «300 mil euros nas três associações do concelho no ano de 2022».
A sessão solene foi encerrada por José Ferreira, tendo-se dado início, em seguida, a um desfile motorizado das viaturas pela freguesia.
Fotos | Luís Vieira Cruz