No passado dia 12 de março, a Igreja de São Pedro acolheu a Assembleia Vicarial de Porto de Mós. A sessão, que contou com a presença do bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. José Ornelas, serviu para discutir temas importantes da vida pastoral e outras semelhantes estão a acontecer em todas as vigararias da Diocese. Comandados pelo vigário Leonel Vieira Baptista, os presentes começaram por fazer uma oração e entoar alguns cânticos, antes de serem divididos em 12 grupos de trabalho com, em média, seis ou sete pessoas. Cada grupo foi para um espaço diferente e recebeu as linhas orientadores para o debate, tendo que responder a algumas questões sobre o tema (dos quatro possíveis) que lhes calhou. Acolhimento; Diaconado Permanente; Ministérios Laicais; e Conselhos Paroquiais e Vicariais eram os temas em questão. Durante uma hora, os grupos, de forma descontraída e informal, conversaram sobre os temas e responderam às perguntas feitas, para depois apresentar para todos os presentes. Cada grupo tinha previamente escolhido um animador e um secretário, para coordenar o trabalho.
Estas sessões são «para toda a comunidade», embora tenha «particular relevo a presença dos membros dos grupos sinodais, conselhos pastorais e económicos, catequistas e demais responsáveis pela comunidade», pode ler-se na Caminha Sinodal 2022-23. Foram precisamente as pessoas «que já costumam fazer parte» e estão envolvidas na Igreja que apareceram em maior número. São três os objetivos principais destas assembleias: «Promover um tempo de encontro, partilha, oração e reflexão que permita fazer a experiência de que caminhamos verdadeiramente juntos; estudar, aprofundar e partilhar o resultado da reflexão dos grupos sinodais do ano pastoral passado; apresentar este novo guião e relançar o trabalho dos grupos sinodais».
As principais conclusões
Durante aproximadamente uma hora foram apresentadas as respostas às questões colocadas, mas uma vez que os temas eram menos que os grupos, apenas um grupo por tema expôs algumas das conclusões retiradas. A Igreja tem de «acolher mais e melhor», «as pessoas têm que querer saber mais e estarem dispostas a aprender», «é preciso mais pessoas disponíveis» para a Igreja, «os catequistas de diferentes paróquias devem cruzar-se mais e conversar», estas foram algumas das frases ditas pelos grupos.
Depois de ouvidas estas conclusões, o bispo D. José Ornelas tomou da palavra, abordando também cada um dos temas. O bispo falou da importância «do Acolhimento que por vezes não existe», dando o exemplo de alguém «que vai pela primeira vez a uma nova Igreja e que entra e sai sem ninguém saber quem ele é». A aposta no Diaconado Permanente, «não porque não existem padres», mas sim «pela importância que pode ter» na facilitação dos processos foi também referida pelo bispo. Quanto aos Conselhos Paroquiais e Vicariais são aliados «para a organização da Igreja», ficando menos dependente de um padre permanente. D. José Ornelas destacou ainda a relevância dos Ministérios Laicais, como os catequistas, leitores, acólitos, presidentes de celebrações dominicais «que não são menos importantes que o próprio bispo».
Foto | José Alves