Nesta edição d’O Portomosense, damos-lhe nota de alguns dos últimos acontecimentos, a par de iniciativas e eventos de cariz cultural, e de tudo o que se passou ao longo dos primeiros dias das Festas de São Pedro, que arrancaram no passado sábado, 28 de junho, e ainda se estendem até ao próximo dia 6 de julho, domingo.
A nossa equipa tem estado, e continuará a estar, diariamente no terreno, com emissões em direto para a Rádio Dom Fuas e para a página d’O Portomosense no Facebook.
É um facto que, para os portomosenses, as Festas de São Pedro não se resumem a momentos de celebração, assumindo-se como verdadeiros pilares da identidade cultural, social e até económica. De periodicidade anual, unem gerações, revitalizam tradições, e trazem mais vida a Porto de Mós, com a animação e os cheiros da gastronomia típica a despertarem aquele sentimento de pertença que dificilmente se poderia traduzir em palavras. Sempre marcam o calendário com entusiasmo e dedicação, transportando consigo a história e a cumplicidade comunitária, numa espécie de ritual que resiste à erosão do tempo e à uniformização da cultura, afirmando com orgulho a riqueza das raízes locais. São, antes de mais, um instrumento de preservação da memória coletiva. Através da música, da dança, dos trajes tradicionais, da procissão e dos pratos típicos, reavivem-se saberes antigos e práticas culturais que, de outro modo, correriam o risco de se perderem.
Num mundo cada vez mais digital e individualista, parece-me que esta vivência intergeracional assume uma importância redobrada.
Mas não é apenas no plano cultural que as festas populares se destacam. O seu impacto económico é visível e significativo, na medida em que contribuem para o aumento da afluência à vila. E é um facto que, quem visita Porto de Mós por estes dias, leva consigo uma experiência que vai além do cenário: o pulsar humano de uma terra viva, que se orgulha das suas raízes e sabe como receber.
Na preservação e na manutenção destas Festas, é inegável o papel do Município, das Juntas de Freguesia e de todas as associações e entidades envolvidas.
Creio que o desafio consiste em se equilibrar inovação com tradição, garantindo que as celebrações continuem a responder às expectativas das novas gerações, sem esquecer o seu legado.
Em tempos de mudança acelerada e desafios globais, as festas populares de Porto de Mós lembram-nos do que é essencial: o sentido de comunidade, a força da cultura local e a alegria de celebrar em conjunto. Preservá-las é garantir que a alma do concelho continua viva, vibrante e cheia de esperança.
Aproveito para agradecer à minha equipa, que tem sido incansável.
Boa leitura.