Serro Ventoso voltou a ser convidado para mais uma edição da Feira de Nadal Galo e Galiña de Curral, que aconteceu no passado dia 22 de dezembro em Vila de Cruces, Pontevedra (Espanha). No entanto, desta vez, o presidente de Junta, Carlos Cordeiro, além de marcar presença no evento gastronómico foi também o «chefe de serviço», pelo que, «não existiram gastos acrescidos para a freguesia nesse sentido», salientou o autarca. Em conversa com O Portomosense, Carlos Cordeiro considerou esta «partilha de experiências benéfica» para Serro Ventoso, mas também para Vila de Cruces, que representada pelo “alcalde” e mais alguns representantes do concelho, tem sido, «nos últimos anos, presença assídua no Festival do Galo».
Na Feira de Nadal Galo e Galiña de Curral, que tem o galo como protagonista, voltou a fazer-se a degustação dos pratos, o que já não acontecia há dois anos por causa da pandemia. A prova pôde ser feita «nos 11 restaurantes locais e concelhios» e Serro Ventoso também lá estava a representar a sua «marca: o galo», sublinhou. Este ano, a especialidade levada pela freguesia «foi a alheira» e, por isso, o presidente de Junta diz ter dado «conta do recado»: «As alheiras são uma coisa simples, é pôr na frigideira e depois de estarem feitas cortam-se aos bocadinhos e colocam-se nos pratos», frisou o autarca, salientando a satisfação da população espanhola que pôde degustar o preparado.
«A nossa organização e o nosso trabalho foram reconhecidos e realçados por eles», disse Carlos Cordeiro, mostrando-se satisfeito, «mais uma vez, pela forma como Serro Ventoso foi recebido» na Feira, sendo o único «lugar fora de Espanha» presente no certame.
Galo no forno, galo com ervilhas, galo guisado, folhado de galo e salada de galo foram alguns dos pratos que puderam ser degustados no evento que dá a conhecer a gastronomia e os produtos da região espanhola. Em relação à confeção dos mesmos, «não existem muitas diferenças e os pratos acabam por ser parecidos com os de cá», admitiu Carlos Cordeiro, apontando, ainda assim, distinções ao nível do aproveitamento do galo. «Eles aproveitam as cristas e as “barbas”, partem aos bocadinhos e fazem como se fosse aqui um pica-pau, com azeite e alho», explicou. Já o «galo de cabidela», por exemplo, não é apreciado em Espanha: «Tudo o que tem a ver com sangue, eles não gostam muito», frisou o autarca, realçando, contudo a importância de experienciar outras realidades e de «contactar com novas ideias», que depois podem ser recriadas no concelho, considera.
No evento, estiveram também os criadores de galos a vender este animal, «comido por muitos naquela zona da Galiza na noite de Natal» e, à semelhança do último Festival do Galo, em Serro Ventoso, também nesta Feira, em Vila de Cruces, esteve patente uma exposição, com várias raças de galos, inclusive «dois galos de raças distintas», levados por Carlos Cordeiro. O pedido foi feito pelo presidente da Associação de Criadores de Galos de Mós, que, por ter estado no Festival do Galo em Serro Ventoso, «conheceu o criador, demonstrando interesse por algumas raças», salientou o autarca, que, mais uma vez, apontou a vantagem de se «unirem».
Também «em maio» é feito, na Galiza, um festival do galo «que junta a componente gastronómica à musical», para o qual Serro Ventoso também «foi convidado», contou Carlos Cordeiro, que diz estar a pensar organizar uma excursão nessa data, que passará também por Santiago de Compostela. «Quem quiser ir, inscreve-se e nós oferecemos o transporte», adiantou.