Estará a inteligência artificial (IA) a substituir a inteligência humana? É uma boa e pertinente questão que merece ser interiorizada por cada um de nós.
Temos assistido nos últimos dias a uma tendência exponencial da transformação de simples fotografias em desenhos animados do Estúdio Ghibli, um estúdio de animação japonês. Mas não é só. Após este efeito viral, está agora a surgir um outro com a criação da versão de qualquer pessoa em boneco colecionável. Estamos a ser tratados como autênticas figuras medíocres fechadas dentro de caixinhas. E isto, para não falar das aprendizagens, dos pensamentos e da escrita que esta ferramenta está a privar ao ser humano, porque sem dúvida alguma que é muito mais fácil utilizar este tipo de método para redigir um texto, do que pensar pela própria mente e soltar as palavras ou expressar os pensamentos nas devidas ocasiões.
Irá a inteligência artificial dominar tudo aquilo que fazemos ou queremos dizer? No ponto em que o ser humano se encontra, acredito que muito em breve será a realidade e qualquer dia esta coisa que é agora chamada de inteligência artificial passará a ser inteligência anormal, porque cada vez mais as pessoas ficam dependentes da sua utilização, criando vícios e hábitos que só descredibilizam a nossa essência e aquilo que cada um de nós é. E o pior de tudo. Grande parte dos seres humanos acredita em todas as informações que são transmitidas por esta dita IA, podendo algumas delas ser falsas, o que torna situações plenamente normais em cenários puramente constrangedores.
Estamos a caminhar para um trajeto que na minha opinião não é o melhor e isso trará consequências no futuro em variadíssimos setores. É caso para afirmar: Deixem-nos pensar e escrever pela nossa livre vontade. A inteligência de cada um de nós merece o seu devido lugar e respeito, e não de uma ferramenta tecnológica que nos confronta dia após dia e nos deixa a parecer verdadeiros tolinhos, porque não foi para isso que cada um de nós veio à Terra.
Para que conste, caro e estimado leitor d’O Portomosense, só pela leitura deste artigo é evidente que o presente texto não foi escrito com recurso a esta ferramenta. Nem este, nem nenhum outro que cá vai aparecendo escrito por mim, pois a opinião formada e esclarecida de cada um de nós é que conta para o funcionamento do nosso Mundo, que mais bem ou menos bem, por aí vai andando.