Martinho Saragoça, o ciclista natural do Alqueidão da Serra, prepara-se para, na próxima semana, entre 14 e 18 de setembro, disputar o Campeonato Mundial Granfondo, em Trento, Itália. O ainda detentor da Taça de Portugal de Cross Country parte com a missão de «acabar [a prova] no melhor lugar possível»: «Vou tentar fazer o melhor. Quando entro numa prova, seja a nível nacional, seja fora, entre sempre “com a faca nos dentes”, se conseguir ficar à frente do outro, fico. Mas não tenho conhecimento do andamento doas atletas que vão lá estar. Vou para uma prova onde vão estar os melhores do mundo. As expectativas são sempre baixas porque vou competir com profissionais, quando eu sou amador», revela, em declarações ao nosso jornal. Depois de se ter qualificado em Montemor-o-Velho, Martinho Saragoça vai agora «competir numa prova com outra dimensão, vai ser uma coisa diferente, de topo mundial, uma organização diferente, uma coisa em grande» e, por isso, diz que «é pela experiência, pelo desafio» que se vai fazer à estrada.
Esta prova impossibilitará a revalidação do título da Taça de Portugal, uma vez que a última prova desta competição coincide com o Campeonato Mundial. «Tinha que optar e escolhi a experiência de ir fazer uma prova do [Campeonato] Mundial, que é uma coisa que, possivelmente, há de ser difícil conseguir repetir, porque tem um apuramento, tem outras questões que a Taça não tem. Para a Taça é só ir e participar, e essa vou ter ainda muitas hipóteses de fazer», explica.
Na última reunião pública da Câmara Municipal de Porto de Mós foi aprovado um apoio de 750 euros ao atleta, que diz ter pedido também comparticipação à Junta de Freguesia do Alqueidão da Serra e a algumas empresas locais.
O ciclismo em Porto de Mós
O ciclista que pertence à equipa Rodinhas Master Vantagem da Benedita, no concelho de Alcobaça, diz considerar que «na nossa região, o ciclismo está um bocado apagado» e que «vivemos um bocadinho à volta do futebol». «O ciclismo no concelho de Porto de Mós nunca foi uma atividade que estivesse muito desenvolvida. Temos alguns clubes a surgir, mas é mais ao nível amador. Surgiu uma secção do Clube Desportivo Ribeirense, que está a formar uma equipa de jovens. Eu gostava muito que isso andasse para a frente, mas vai tudo depender dos apoios», afirma.
Há cerca de um ano, O Portomosense relatou os feitos do ciclista alqueidoense e contou um pouco do seu percurso, uma reportagem que pode ler aqui.