Foi há um ano, a 28 de setembro de 2023, que me estreei nesta secção do jornal da nossa terra, o Jornal O Portomosense, a quem sou grato por poder colaborar com as minhas opiniões sobre o nosso concelho. Assim o tenho feito e espero que esta boa relação se prolongue por muito mais tempo.
Comecei com um tema que por estes dias tem sido alvo de grandes mudanças: a Mobilidade. Um problema que teimava em não desaparecer, mas que agora começa a ver a luz ao fundo do túnel, num futuro que esperamos que venha a ser reforçado nesta matéria. É claro que ainda não temos a infraestrutura necessária para o serviço completo, como a rodoviária, mas cada coisa a seu tempo.
O Plano de Mobilidade Urbana do concelho de Porto de Mós foi apresentado e algumas das medidas implícitas no mesmo já estão em movimento, como é o caso do alargamento dos circuitos do VAMÓS a mais freguesias, a ligação das dez freguesias do concelho à sede de concelho e à região com o transporte público de passageiros, e o serviço da Rede Nacional de Expressos de e para Porto de Mós. Todas com um impacto significativo na melhoria da qualidade de vida dos Portomosenses e a última, em especial, que nos dá possibilidades, a todos, de estarmos mais facilmente ligados ao país e ao mundo. Para já, nesta fase inicial, na ligação Lisboa – Leiria, num circuito que passa por Alcoentre, Rio Maior, Porto de Mós, Batalha e Leiria, e vice-versa.
No geral, pelo que se tem ouvido por aí, as opiniões são boas, mas mesmo assim com esta oferta, têm sido alguns os comentários menos positivos com queixas da falta de destinos ao resto do país. Roma e Pavia não se fizeram num dia, e se se fizer um exercício de articulação entre horários disponíveis, se formos de Porto de Mós até Leiria, arranjamos ligações para o norte do país, assim como se formos até Lisboa, conseguimos ligações com o sul de Portugal. Tão simples quanto isto. E mesmo que surja algum atraso, os horários disponíveis são bastante flexíveis e possíveis de se adaptarem aos horários de Porto de Mós.
O Presidente da Câmara Municipal já referiu e bem que «de repente, o que nunca se tinha conseguido até agora, passou a ser um problema…». É lamentável que quanto mais se tem, mais se quer. Para já é assim, no futuro será certamente melhor. Mas para que isso aconteça o serviço terá de ter utilizadores, caso contrário deixará de ser rentável e vantajoso para a operadora e o mesmo poderá deixar de existir. Pelo que vejo, há utilizadores que estão a utilizar a Rede Nacional de Expressos tanto de, como para Porto de Mós, o que é um excelente sinal de que este tipo de serviço no nosso concelho era realmente uma necessidade.
Presto assim o meu louvor, agradecendo ao Presidente e ao Executivo Municipal de Porto de Mós pelo progresso que o concelho de Porto de Mós está a ter ao nível da mobilidade, afirmando a coesão não só de todo o concelho, mas também com o país. Esta era uma das promessas há já sete anos, que se pode assegurar que está cumprida. Porto de Mós passa a estar presente cada vez mais no mapa!