O concelho de Porto de Mós tem desde o início do presente ano uma nova empresa de recolha de resíduos urbanos, a Rodolixo, mas será que se tem notado alguma diferença para melhor? Obviamente que não e o resultado está bem à vista de todos. O problema estará na nova empresa ou nos portomosenses que estão a produzir mais lixo que o habitual? Eis a questão!
Os contentores do lixo estão quase sempre cheios até vazar e os monos, monstros e/ou verdes, nem se falam. O tempo que a empresa demora para fazer a recolha dos resíduos de grandes dimensões é inexplicável e a irresponsabilidade de certos cidadãos que depositam este tipo de resíduos sem darem conhecimento para o novo contacto (e acabo por fazer aqui serviço público através da disponibilização do número: 935 655 294) também compromete, em muito, a qualidade do serviço prestado.
Mas realmente a empresa está com muitas falhas, não tem capacidade de resposta para a abrangência do nosso concelho, a frota de camiões de tão velhos que são acaba por poluir mais que o próprio lixo que transporta, ou seja, é necessário repensar o tipo de serviço que a empresa está a prestar, porque o concelho de Porto de Mós precisa de mais e melhor. Este assunto já esteve presente em várias reuniões de câmara e sessões da assembleia municipal, merecendo a atenção de quem nos governa, porém continua tudo na mesma ou ainda pior.
Para comprovar tudo isto que aqui escrevo, conto um episódio que até à data deste artigo ainda se encontra por resolver. Logo após a realização do evento Lagoa com Vida, alguém depositou dois colchões junto aos contentores da Lagoa Grande do Arrimal. No passado dia 2 de julho comuniquei à empresa através do novo contacto a referida situação e ao que parece ainda não tinha conhecimento do mesmo. Como nada foi feito, no dia 10 de julho voltei a contactar. Nada feito novamente. No dia 15 de julho, volto a contactar, referindo que apenas já se encontrava um colchão e que o outro já tinha desaparecido.
Porém, o cenário já era outro. A falta de respeito e educação é tanta que largaram e espalharam uma cadeira de bebé e um monte de tralha pelo recinto dos contentores do lixo da Lagoa Grande do Arrimal. Como a situação ainda se manteve, volto a ligar no dia 18 de julho e por último no dia 23 de julho, e como é óbvio nada fizeram. Contudo, o mais anormal que aconteceu, e isto porque alguém se deve ter sentido com a situação que publiquei nas redes sociais ou tem vontade de brincar, é o estranho caso do colchão azul que ganhou pernas e se mudou da Lagoa Grande do Arrimal para um dos contentores do lixo do Alqueidão do Arrimal. Agora resta-nos esperar por mais dias até que a empresa se digne em fazer a devida recolha, porque desde que fiz o primeiro contacto já passaram 4 terças-feiras e 4 quintas-feiras, dias de recolha deste tipo de resíduos, e nada foi feito.
A antiga empresa, a SUMA, já afirmou que “o barato sai caro” e é bem caso para pensar nesta afirmação, porque efetivamente a qualidade do serviço de recolha de resíduos no nosso território, especialmente os de grandes dimensões, está inequivocamente debilitada.
E serão 10 anos nisto…