Selecionador nacional de andebol em cadeira de rodas faz antevisão do mundial e do europeu

16 Novembro 2022

Jéssica Silva

A poucos dias do arranque dos campeonatos mundial e europeu de andebol em cadeira de rodas, que se disputam, em simultâneo, entre sexta-feira e domingo, nos Pousos e nas Cortes, onde estarão a representar a seleção portuguesa seis jogadores da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) – Leiria, entre os quais, o jovem portomosense Nuno Nogueira, O Portomosense falou com o selecionador nacional, Danilo Ferreira. O técnico desvalorizou o facto de a APD Leiria estar em “peso” na representação de Portugal: «Em qualquer desporto existem sempre equipas que têm mais jogadores nas seleções do que outras. Isso é uma coisa que é totalmente transversal ao desporto», sublinhou.

Nunca algo parecido tinha acontecido. Esta será a primeira vez que as duas competições se disputam em simultâneo, no mesmo local, num mundial e europeu completamente inéditos e históricos. Assim sendo, os pavilhões dos Pousos e do Lis, nas Cortes, vão acolher nove seleções, num total de 200 participantes. Sobre as expectativas para estas competições, Danilo Ferreira frisa que «são sempre altas» e que desta vez não será exceção. «Desde que iniciámos este processo, em competições internacionais, temos sempre lutado pelos lugares cimeiros e este não vai fugir à regra. Vamos tentar fazê-lo novamente», antecipa. «Há algumas equipas que não conhecemos, nunca as vimos jogar, de outras já temos algum conhecimento. Vamos, a pouco e pouco, analisar e perceber quais são as potencialidades e as fragilidades dos adversários para explorar isso da melhor forma possível», afirma.

“O primeiro jogo é sempre especial”

Para estes dias estão previstos 25 jogos, sendo que a seleção nacional entra em campo na sexta-feira, dia 18, às 10 horas, frente aos Países Baixos. Este é um jogo que o selecionador nacional considera «especial», sobretudo porque, lembra, se correr bem, será um «passo grande» para a equipa atingir os objetivos que tem traçados: «O primeiro jogo é sempre especial, porque vai fazer com que a gente consiga, de alguma forma, controlar a ansiedade e a adrenalina que existe até ao momento da competição», refere. Neste primeiro embate, o selecionador não espera facilidades da Holanda, uma equipa «forte» que, por norma, tem jogadores «muito altos», o que «dificulta remates exteriores».

No mesmo dia, mas às 14 horas, Portugal tem encontro marcado com a Roménia, também no Pavilhão dos Pousos. No sábado, dia 19, a seleção defronta a Índia às 12 horas. Sobre o hipotético apoio do público, Danilo Ferreira não tem dúvidas que «estará muita gente a assistir aos jogos» da seleção portuguesa de andebol em cadeira de rodas.

Nuno Nogueira, o “caçula” da seleção

Da lista de convocados para integrar a seleção nacional consta Nuno Nogueira (tal como lhe demos a conhecer aqui há poucos dias) que, pela primeira vez, irá representar Portugal. «É o nosso caçula», admite, entre risos, o selecionador português. Com apenas 15 anos – é um dos jogadores mais novos da equipa –, o jovem tem conquistado o seu lugar no mundo do andebol. «Eu defendo que a idade não é sinónimo de qualidade. Tento sempre avaliar e perceber a condição e a qualidade da pessoa enquanto ser humano e depois a qualidade da performance desportiva, sem olhar à idade», sublinha Danilo Ferreira.

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