No atual cenário do mercado de trabalho, habilidades técnicas, ou hard skills, são fundamentais, mas considero que já não são suficientes para que, a nível profissional, garantam o sucesso e que são cada vez menos relevantes neste contexto. A crescente complexidade das relações interpessoais e a rápida evolução tecnológica trouxeram as chamadas soft skills para o centro das atenções. Mas o que são, exatamente, essas habilidades? E porque são tão importantes?
As soft skills são competências comportamentais e emocionais, como por exemplo a comunicação, a empatia, a resiliência, a capacidade de resolver problemas e até mesmo a capacidade de trabalhar em equipa. Estas são muito mais difíceis de medir e decifrar do que as habilidades técnicas, mas são essenciais para lidar com desafios que exigem colaboração e criatividade. Num mercado cada vez mais dinâmico, estas aptidões tornaram-se características diferenciadoras poderosíssimas para o sucesso das empresas e das carreiras profissionais.
As empresas que atuam em áreas mais inovadoras/criativas já perceberam que profissionais capazes de comunicar bem e de se adaptarem às mudanças têm um impacto direto nos seus resultados. Um colaborador tecnicamente excelente, mas incapaz de trabalhar com colegas ou lidar com pressão, pode comprometer a eficiência de toda uma equipa. Além disso, a automação de tarefas de rotina faz com que as habilidades humanas — como liderança, pensamento crítico e gestão emocional — sejam cada vez mais valiosas e difíceis de substituir por máquinas ou programas.
Assim sendo, considero que num mercado onde o conhecimento técnico pode rapidamente ficar obsoleto, o diferencial está nas soft skills, pois são elas o verdadeiro motor para o sucesso das empresas. Mais facilmente se consegue melhorar ou adquirir conhecimentos técnicos do que conhecimentos ou competências comportamentais e emocionais e nas gerações mais recentes, nota-se muito esta perda ou a ausência de boas soft skills no mercado criativo e da comunicação.