A freguesia das Pedreiras, de um modo especial na parte baixa, sempre foi escassa em água, o que levou a que os seus habitantes construíssem cisternas e depósitos para armazenar a que vinha das chuvas. Antes, porém, abasteciam-se nas nascentes da Mina, Malpica, Vinhas Velhas, Brenhós e Agueiro, situadas na encosta da zona alta da freguesia e, também no Barreiro Mariano, próximo da encosta da serra, transportando a água em dornas colocadas nos carros de bois e de burros.
Mas, havia a alternativa de canalizar a água para a sede da freguesia com base na nascente da Mina, a nascente mais forte de todas. Muito se falava desta iniciativa, no entanto não havia quem se responsabilizasse pelo projeto, uma vez que ficaria muito caro.
Com a entrada de um novo pároco das Pedreiras (o padre Augusto de Sousa) a ideia reforçou-se, pois ele residia no Adro da igreja – o que não acontecia com o anterior que morava em Porto de Mós -, e começou-se a trabalhar no processo.
Foi em maio de 1939 que a população começou a abrir as valas, a adquirir a tubagem e a construir-se um fontanário no Adro. Só «a canalização em ferro galvanizado custou 16.000$00», como refere o semanário “A Voz do Domingo” de 14 de maio daquele ano.
O fontanário era composto por duas torneiras e um tanque na parte traseira, para que os animais pudessem beber água.
Assim, no dia 13 de Junho de 1939, dia de festa de Santo António e de feira de gado – a famosa feira dos treze – a «água corria nas torneiras do novo chafariz», como se pode ler na edição de 2 de julho daquele semanário.
Mais tarde, cerca da década de 1960 a Junta de Freguesia com o apoio da Câmara Municipal de Porto de Mós, construiu vários fontanários por diversos lugares, a saber Casal da Luísa (fontanário e depósito), Tremoceira (dois fontanários), Azoio e Casal Boieiro, com um fontanário cada. Por esta altura, o fontanário do Adro foi remodelado. Tudo isto consta da publicação “Câmara Municipal de Porto de Mós – Quarenta anos de actividade municipal A Bem do Concelho de Porto de Mós – 1926 – 1966”.
Nesta mesma publicação constam ainda os fontanários de Eiras e Pedreiras, o que é falso, pois só foram implantados em 1975, depois de uma queixa ao Município.
A água para abastecer todos estes fontanários vinha das nascentes das Vinhas Velhas, Brenhós e Malpica.
O abastecimento domiciliário da rede pública só chegaria à freguesia das Pedreiras em finais da década de 1970, sendo este um grande benefício para os lugares da freguesia.
Nos primeiros anos do século XXI a Câmara Municipal de Porto de Mós fez um furo de captação de água, no lugar do Cabeço, desta freguesia, que serve para reforço do abastecimento de água aos lugares do sopé da Serra dos Candeeiros.