Dançar é uma terapia

23 Julho 2024
Texto

Ana Narciso

Sempre gostei de dançar. Um salão de baile, uma garagem ou um casino faziam as delícias de jovens da minha geração. Bailar esteve sempre ligado a manifestações espirituais, ou conectando-nos com a mãe natureza: a dança da Chuva, o Culto ao Sol ou aos Deuses. Hoje, no mundo Ocidental, dançamos por razões bem mais prosaicas:

  • Expressão Emocional: A dança permite que as pessoas expressem suas emoções de maneira criativa. Ela pode ser uma saída para sentimentos como alegria, tristeza, raiva ou ansiedade.
  • Redução do Stress: dançar liberta endorfinas que são associadas à sensação de bem-estar. Isso pode ajudar a reduzir o stress e a ansiedade.
  • Melhoria da Postura e Flexibilidade: a prática regular da dança melhora a postura, fortalece os músculos e aumenta a flexibilidade.
  • Socialização: participar em aulas de dança ou grupos de dança é uma ótima maneira de conhecer novas pessoas e construir relações sociais.
  • Estimulação Mental: aprender coreografias e movimentos complexos estimula o cérebro e melhora a memória. (O meu calcanhar de Aquiles. A esquerda e a direita sempre me pregaram partidas).
  • Autoconfiança e Autoestima: dominar novos passos e movimentos pode aumentar a autoconfiança e a autoestima.
  • Libertação de Tensão: dançar é uma forma de libertar tensões físicas e emocionais acumuladas. Algumas pessoas preferem dançar sozinhas em casa, enquanto outras gostam de participar em aulas formais.

O importante é encontrar o estilo de dança que mais lhe agrada e que se adapta às suas necessidades e objetivos pessoais. Ajuda a perder peso de uma forma agradável e cheia de ritmo. Hip-Hop ou Kizomba podem derreter 600 calorias (eu é mais salsa e bachata).

Acrescento outra, os laços afectivos podem ser fortalecidos através da dança. Os casais que se apaixonam pela dança e se inscrevem numa aula seguramente quebram rotinas e silêncios com ritmo e descontracção. Mas o que falta nas aulas de dança? Homens! A Inteligência Artificial (IA) respondeu a esta questão.

Infelizmente, muitos homens ainda evitam dançar devido a estereótipos de género. A sociedade impôs a ideia de que dançar é “coisa de mulherzinha” e que os homens devem ser menos expressivos. No entanto, essa visão limitada priva os rapazes de experiências incríveis. Dançar é uma mágica que nos conecta com os nossos ancestrais, e o nosso corpo é uma máquina de produção de maravilhas. É uma pena que esses estereótipos persistam, pois a felicidade proporcionada pela dança é algo que todos deveriam usufruir. Talvez seja hora de reavaliarmos o que significa ser homem e entender que a luta contra o machismo é uma questão de homens e mulheres e não só de Homens.

Não está mal respondido. Mas ignora que há pés pesados demais para qualquer devaneio numa pista de dança. Só esta razão e não qualquer outra afastam alguns homens das aulas formais. Não sabem o que perdem. Envelhecer a dançar parece-me uma excelente terapia, adequada a qualquer idade.

Faz bem a tudo: mente, corpo e espírito.

Experimentem. O Chão Pardo tem.

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