Sempre gostei de dançar. Um salão de baile, uma garagem ou um casino faziam as delícias de jovens da minha geração. Bailar esteve sempre ligado a manifestações espirituais, ou conectando-nos com a mãe natureza: a dança da Chuva, o Culto ao Sol ou aos Deuses. Hoje, no mundo Ocidental, dançamos por razões bem mais prosaicas:
- Expressão Emocional: A dança permite que as pessoas expressem suas emoções de maneira criativa. Ela pode ser uma saída para sentimentos como alegria, tristeza, raiva ou ansiedade.
- Redução do Stress: dançar liberta endorfinas que são associadas à sensação de bem-estar. Isso pode ajudar a reduzir o stress e a ansiedade.
- Melhoria da Postura e Flexibilidade: a prática regular da dança melhora a postura, fortalece os músculos e aumenta a flexibilidade.
- Socialização: participar em aulas de dança ou grupos de dança é uma ótima maneira de conhecer novas pessoas e construir relações sociais.
- Estimulação Mental: aprender coreografias e movimentos complexos estimula o cérebro e melhora a memória. (O meu calcanhar de Aquiles. A esquerda e a direita sempre me pregaram partidas).
- Autoconfiança e Autoestima: dominar novos passos e movimentos pode aumentar a autoconfiança e a autoestima.
- Libertação de Tensão: dançar é uma forma de libertar tensões físicas e emocionais acumuladas. Algumas pessoas preferem dançar sozinhas em casa, enquanto outras gostam de participar em aulas formais.
O importante é encontrar o estilo de dança que mais lhe agrada e que se adapta às suas necessidades e objetivos pessoais. Ajuda a perder peso de uma forma agradável e cheia de ritmo. Hip-Hop ou Kizomba podem derreter 600 calorias (eu é mais salsa e bachata).
Acrescento outra, os laços afectivos podem ser fortalecidos através da dança. Os casais que se apaixonam pela dança e se inscrevem numa aula seguramente quebram rotinas e silêncios com ritmo e descontracção. Mas o que falta nas aulas de dança? Homens! A Inteligência Artificial (IA) respondeu a esta questão.
Infelizmente, muitos homens ainda evitam dançar devido a estereótipos de género. A sociedade impôs a ideia de que dançar é “coisa de mulherzinha” e que os homens devem ser menos expressivos. No entanto, essa visão limitada priva os rapazes de experiências incríveis. Dançar é uma mágica que nos conecta com os nossos ancestrais, e o nosso corpo é uma máquina de produção de maravilhas. É uma pena que esses estereótipos persistam, pois a felicidade proporcionada pela dança é algo que todos deveriam usufruir. Talvez seja hora de reavaliarmos o que significa ser homem e entender que a luta contra o machismo é uma questão de homens e mulheres e não só de Homens.
Não está mal respondido. Mas ignora que há pés pesados demais para qualquer devaneio numa pista de dança. Só esta razão e não qualquer outra afastam alguns homens das aulas formais. Não sabem o que perdem. Envelhecer a dançar parece-me uma excelente terapia, adequada a qualquer idade.
Faz bem a tudo: mente, corpo e espírito.
Experimentem. O Chão Pardo tem.