Estamos no Advento! Quase esquecemos o Aniversariante Jesus Cristo entre o turbilhão de prendas, ceia e reunião de famílias. Não sei se foi sempre assim, mas seguramente há 70 anos é assim.
Adoro! Iluminam-se ruas e sorrisos, sempre que se deseja “Feliz Natal”! E desejo mesmo que seja um momento especial. E porquê? Porque precisamos de momentos mágicos de grande proximidade que nos façam recordar que, apesar dos problemas (que os há), vivemos num país pacífico, sem guerras internas e com pão em cima da mesa.
Contudo, vários conflitos escurecem o nosso futuro: Ucrânia e Israel. A primeira, resiliente, tem um presente ameaçado num sobressalto constante entre a dor e o terror de mísseis e drones. Observamos, mas não vivemos esse quotidiano. O segundo recorda-nos outros momentos e outros conflitos. Observamos, mas não os sentimos como nossos. Devíamos.
Outros desastres naturais angustiam o nosso quotidiano: secas severas acolá, cheias e inundações históricas além, com enormes prejuízos financeiros e transtornos para as famílias desalojadas e destinadas a começar do zero. Observamos, mas o que fazemos?
Mas é Natal. Momento de esperança e de aprendizagem. Tudo pode acontecer. A Paz é possível, mitigar os efeitos das alterações climáticas é viável, reduzir a pobreza extrema será concretizável. A Educação será acessível a todos através de plataformas digitais e ao recurso da Inteligência Artificial, quer na Educação quer na Saúde. Observamos e avançamos.
Precisamos destes momentos de magia, de espiritualidade, de comemoração do que nos une, mesmo na diversidade religiosa que a imigração trouxe. Observamos e sentimos.
Constatamos, sem sombra de dúvida, que a formação religiosa da Europa reflete uma trajetória de transformação constante marcada por momentos de unidade e de conflito, mas também por uma riqueza cultural que continua a influenciar o mundo.
Do Oriente ao Ocidente, de Norte a Sul, é… NATAL.