Aproximam-se as eleições.
Outra vez.
Em três anos três eleições. Num futuro próximo Legislativas, depois Autárquicas e por fim Presidenciais. O país aguenta?
É extraordinário que por três vezes vamos a votos para a Assembleia da República por nenhuma das seguintes razões, a saber: não foi por um descalabro económico, atropelo das instituições, ou sequer sobre um caso de crime (pelo menos não houve um despacho de acusação contra Montenegro). Ao contrário de outros Parlamentos onde o território é um problema, sério; a língua, a cultura ou a religião podem ser fatais para qualquer governo.
Onde? Numa recente viagem de estudo à Sede da UE e Sedes do Parlamento e Senado Belgas confirmei que é possível conciliar, numa Monarquia Democrática, 3 territórios diferentes, três Comunidades linguísticas e 3 religiões diferentes nem sempre sobreponíveis: a francófona , a flamenga e a germânica. Nada semelhante à nossa realidade: um só território, onde religião não é um problema e uma só Língua. Neste rectângulo Luso, impede-se a execução de planos de governo com resultados positivos visíveis, como por exemplo: alívio da crispação entre Ministério da Educação e professores, resolução dos problemas com as Forças de Segurança, subida do rating de crédito do país para nível A. Porquê eleições? Por problemas de comportamento dos políticos. Uns esquecem-se de pagamentos de 500 mil euros por WhatsApp (Pedro Nuno Santos, PS) outros esquecem-se de dissolver uma empresa centrada numa única pessoa que entretanto é Primeiro-Ministro (Montenegro) ou demitem-se por valores encontrados num gabinete dentro de um livro (António Costa, PS). Quem aconselha estes homens? Quem lhes aviva os valores da lealdade perante a lei e da honestidade perante os eleitores?
E nós aguentamos?