Escrevo-lhe a si, leitor do Jornal O Portomosense, na minha estreia desta secção jornalística, com um tema que me parece importantíssimo para o desenvolvimento do nosso concelho e agradeço a leitura na esperança de que seja o primeiro de muitos artigos a serem publicados através desta colaboração e oportunidade de exprimir opiniões relativas ao nosso concelho de Porto de Mós.
Chegou mais um ano letivo e com ele as deslocações de estudantes do ensino superior para várias partes do país. Só por aqui se poderá deduzir que o assunto deste artigo é a mobilidade. O tempo vai passando e é cada vez mais urgente a criação de um interface rodoviário no concelho de Porto de Mós com ligações a vários pontos do país. E esta até é uma das promessas do programa eleitoral do atual executivo municipal que espero eu, e certamente a maioria dos portomosenses, saia do papel para o terreno. Porto de Mós é um dos concelhos mais centrais do país. Dista a cerca de 1h30 da Capital e 2h da Invicta. Estamos praticamente no centro do Centro de Portugal, com uma proximidade favorável às principais vias de comunicação nacionais, nomeadamente o IC2, a A1 e a A8. Por todas estas razões, é mais que vantajosa a implementação do serviço da Rede Nacional de Expressos.
São muitos os utilizadores do referido serviço que têm de se deslocar a concelhos vizinhos para usufruírem de transporte rodoviário para outros locais, seja em viagens de trabalho, escolares ou até mesmo de lazer. Numa altura em que a mobilidade, ou neste caso a falta dela, é um assunto na ordem do dia, as vantagens de termos um serviço desta envergadura são muitas. Com a implementação deste serviço em Porto de Mós também o fluxo turístico aumentaria, com uma maior mobilidade de pessoas vindas de grandes centros turisticamente massificados e que procuram destinos calmos e em plena harmonia com a natureza. E que bem que precisamos de turistas e visitantes para o nosso concelho.
Mas voltando ao tema que aqui é abordado, o interface rodoviário não só seria bom para nos ligarmos com o resto do país, como também poderíamos beneficiar, posteriormente, de um alargamento da rede de transportes públicos urbanos, o VAMÓS, com linhas e percursos que abranjam a cobertura total do concelho, afirmando desta forma a coesão territorial e social que tanto se pretende, e que está num bom caminho. Quanto mais depressa esta infraestrutura avançar, mais depressa as crianças, os jovens, os adultos e os seniores portomosenses poderão usufruir destas ligações, porque o amanhã constrói-se hoje.
Em pleno século XXI, Porto de Mós precisa deste serviço imprescindível de proximidade com o país, para consolidar ainda mais o território no mapa e afirmar a marca de que, efetivamente, “Porto de Mós, Somos Todos Nós”. Que venha o interface rodoviário. Porto de Mós está à espera.