Ana Luísa Leonardo

Sol com Saúde

17 Ago 2023

Verão é sinónimo de dias maiores, férias, festas e sol. Este é essencial à vida mas pode também ser uma ameaça, por isso deve ser sempre aproveitado em segurança. Embora nos proporcione bem estar, ajude a manter os padrões de sono e promova a produção de vitamina D (essencial para os ossos), a exposição solar excessiva leva ao aparecimento de rugas, manchas, queimaduras e origina lesões na pele e nos olhos. As estatísticas indicam que, por ano, surgem 12.000 novos casos de cancro da pele em Portugal, 1.000 dos quais são melanomas, uma das formas de cancro de pele mais severas.

Por isso, aproveitar o sol é essencial mas sempre com precaução. Devemos proteger a nossa pele 365 dias por ano, evitar a exposição solar entre as 11 horas e as 16 horas, mesmo em dias nebulados, usar protetor solar para os raios UVA/UVB e com Fator de Protecção (FPS) mínimo de 30, não esquecendo as orelhas, os lábios, o pescoço e as mãos. A renovação do protector solar deve ser feita de duas em duas horas ou após as actividades na água, uma vez que estas e a transpiração diminuem a proteção. Devemos dar preferência às sombras, já que as superfícies como areia, água e neve podem refletir mais de 50% da radiação ultra violeta. Não devemos esquecer que não é só na praia ou na piscina que a exposição solar é aumentada: numa caminhada pela montanha, durante um passeio de bicicleta ou numa visita ao parque infantil e até mesmo ao cuidar da horta ou do jardim é indispensável o uso de protetor solar.

Quanto às crianças, a protecção deve ser redobrada uma vez que as agressões provocadas pelo sol são cumulativas ao longo da vida. Para os mais pequenos aconselha- se a utilização de protetores solares físicos ou minerais, sempre com FPS 50. A ingestão de água, fruta e legumes ajuda a manter a hidratação e no final do dia é imprescindível o uso de um creme hidratante pós-solar para ajudar a pele a recuperar. Se a sua pele é clara, é ruivo, tem muitos sinais ou sardas, tem tendência para queimar e não para bronzear, tem história familiar de cancro de pele ou toma medicamentos que causam sensibilidade ao sol (ex: alprazolam, furosemida ou anti-inflamatórios e antidepressivos), a exposição solar deve ainda ser mais cuidada. Vigiar os nossos sinais regularmente é fundamental na prevenção do cancro de pele. Se um sinal apresenta forma irregular, tem várias cores, tem tamanho superior a quatro milímetros ou vai mudando a sua aparência devemos procurar os conselhos de um dermatologista. Moderação é mesmo a palavra-chave para a exposição solar.

Proteja a sua pele e boas férias!